Julgamento da sobrinha do 'Tio Paulo' inicia sem a presença da mulher, no Rio de Janeiro

Defesa de Érika de Souza Vieira Nunes diz que acusações não se sustentam e pede a nulidade do processo

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(Atualizado às 08:55)
Julgamento da sobrinha de Tio Paulo inicia sem a presença da mulher, no Rio de Janeiro
Legenda: Caso aconteceu em abril e ganhou grande repercussão nas redes sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais/TV Globo

O julgamento de Érika de Souza Vieira Nunes, sobrinha do idoso Paulo Roberto Braga, teve início sem a presença da mulher, em audiência marcada para essa terça-feira (12), no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Ela é acusada de levar o tio morto a uma agência bancária.

Na sessão, que aconteceu a portas fechadas, foram ouvidas seis testemunhas de acusação, mas outras duas não compareceram. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) decidiu realocar os dois testemunhos restantes para uma próxima sessão, que deve acontecer em 18 de fevereiro de 2025.

Em declaração para o portal Uol, a advogada de Érika, Ana Carla Correa, afirmou que a cliente não compareceu ao tribunal por estar internada em uma clínica psiquiátrica. "A internação não tem previsão de alta, porém, acredito que até lá ela estará conosco porque tem reagido bem ao tratamento", relatou.

Na época quando o caso aconteceu, em abril, a família de Érika afirmava que ela lutava contra uma depressão severa e tinha problemas psicológicos. Segundo a defesa, a mulher está internada desde 24 de outubro, após piora no quadro clínico.

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Defesa pede nulidade do processo

Durante a audiência, a equipe que defende Érika Nunes pediu a nulidade do processo. Ao Uol, a advogada Ana Correra argumentou que não há indícios que configurem a acusação de vilipêndio de cadáver, movida pelo MPRJ.

"Para que você possa cometer crime de vilipêndio tem que ter dolo central [intenção], e não foi verificado isso na conduta de Erika, uma vez que ela não tinha discernimento do que estava acontecendo", declarou.

Já em relação ao crime de estelionato, também conferido a Érika, a profissional diz que a denúncia não se aplica, pois a ação pública só é condicionada à representação da vítima. "Para que a denúncia fosse devidamente feita, deveria ter a vítima, mas a vítima está morta", finalizou.

Relembre o caso

Érika foi presa pela Polícia Civil do RJ em abril, após levar o Tio Paulo, que estava morto, para assinar um cheque de R$ 17 mil reais. Na época, o caso se tornou um dos mais comentados nas redes sociais, e as imagens da mulher simulando a assinatura do parente falecido chocaram os usuários.

A réu foi presa duas semanas depois do ocorrido. Em entrevista ao programa "Fantástico", da TV Globo, ela disse que tinha uma boa relação com o tio e alegou que ele que pediu para ir ao banco. Além disso, ela falou que não percebeu que ele tinha falecido.

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