Flordelis passa mal ao ser flagrada com celular em cela
A ex-deputada federal estava com outras três detentas, mas foi transferida para uma solitária após o ocorrido

A ex-deputada federal Flordelis dos Santos foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo Penitenciário de Gericinó após sentir pressão alta, dor de cabeça e tontura.
Os sintomas surgiram após ela ser isolada em solitária e perder regalias na Penitenciária Talavera Bruce, local onde compre a sentença de 50 anos e 28 dias pelo assassinado do seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
A punição ocorreu após agentes penitenciários encontrarem celular na cela onde Flordelis estava com outras três detentas. As informações são do jornal O Globo.
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Ela foi medicada e passou a noite da quinta-feira (5) internada. Na sexta-feira (6), realizou ultrassom para avaliar a direção e intensidade do fluxo sanguíneo dos vasos no corpo. No final da tarde, ela voltou a penitenciária.
Punição
O aparelho telefônico foi encontrado em cima da cama da detenta Alessandra Belmonte Sá, mas outra presa que também estava na cela, Ana Carolina Fonseca Tavares da Silva, confessou que era a dona do celular. Além das duas e de Flordelis, a detenta Fernanda Silva de Almeida também estava no espaço.
A Secretaria de Administração Penitenciária instaurou investigação para determinar de quem era o celular, como ele chegou à penitenciária e quem utilizou o aparelho. As quatro detentas foram punidas com o isolamento e com a perda de regalias.
A cantora e pastora gospel perdeu direito a visitas íntimas, além de "cantar no coral, participar da oficina de crochê, estudos e leitura na biblioteca, participar de concursos e demais políticas de socialização", disse a advogada de defesa, Janira Rocha.
"O celular não foi encontrado na posse de Flordelis. Mas o que dá mídia, likes e repercussão é o nome e a eterna novela Flordelis e sempre às vésperas de decisões judiciais que podem garantir a ele um novo júri", acrescentou.
A defesa afirmou ainda que a ex-deputado foi "covardemente punida" por uma "pena coletiva e genérica" e que deve acionar o responsável pela punição "por abuso de autoridade".