Vulcão Sakurajima entra em erupção no Japão; entenda porque ele é um dos mais ativos do mundo

Cerca de 30 voos foram cancelados no país devido à baixa visibilidade no espaço aéreo.

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 08:49)
Imagem aberta do vulcão expelindo uma coluna de fumaça.
Legenda: O vulcão é um dos mais ativos do mundo, mas a explosão deste domingo foi uma das maiores dos últimos anos.
Foto: RICHARD A. BROOKS / AFP.

O Japão entrou em estado de alerta neste domingo (16) após o vulcão Sakurajima, localizado na região sudoeste do país, entrar em erupção. A coluna de fumaça chegou a quase 5 quilômetros de altura.

Os efeitos imediatos foram sentidos na aviação, especialmente no Aeroporto de Kagoshima. Cerca de 30 voos comerciais foram cancelados devido à baixa visibilidade.

De acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA), as explosões começaram por volta de 1h (16h de sábado no Brasil) e seguiram até as 8h50 (20h50 de sábado no Brasil).

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Nesta erupção, as cinzas seguiram para o nordeste do país. Elas devem cair em Kagoshima e na província de Miyazaki.

Por que o Sakurajima é um dos vulcões mais ativos do mundo?

O Sakurajima está localizado em uma área geologicamente instável chamada de Anel de Fogo do Pacífico. Essa região está situada sobre o encontro de várias placas tectônicas.

O vulcão japonês faz parte da Caldeira de Aira, formada há cerca de 22 mil anos após uma grande erupção. Esse evento chegou a lançar detritos a distâncias de até 1.000 quilômetros.

Desde então, a atividade no interior dessa caldeira nunca cessou completamente, fazendo surgir novos vulcões — entre eles o Sakurajima, que tem cerca de 13 mil anos.

Outro fator que reforça sua fama é a frequência das erupções. Pequenas explosões são registradas com regularidade — em alguns anos, mais de mil eventos foram contabilizados pela Agência Meteorológica do Japão.

Essas erupções constantes fazem com que o Sakurajima seja monitorado 24 horas por dia, sendo um dos vulcões mais vigiados do país.

Mapa simplificado do Japão e áreas próximas do Pacífico Oeste, mostrado em fundo claro, com o contorno das ilhas japonesas destacado. Diversos ícones triangulares amarelos aparecem distribuídos sobre o território japonês — especialmente ao longo da costa leste e no centro do país — representando vulcões ativos. Mais ao sul, no oceano, há círculos concêntricos em tons de laranja, indicando a localização de terremotos recentes. Os círculos maiores sugerem eventos de maior magnitude. O mapa exibe ainda nomes de cidades e regiões em caracteres japoneses, como Tóquio, Osaka, Sapporo e outras.
Legenda: O vulcão é monitorado em tempo real pela Agência Meteorológica do Japão.
Foto: Reprodução/JMA

A erupção de 1914 é considerada a maior do Japão no século 20. Naquele episódio, fluxos de lava ligaram o antigo vulcão à ilha de Kyushu, transformando Sakurajima em uma península. Desde então, a região vive em permanente estado de preparação, com abrigos, rotas de evacuação e exercícios frequentes de emergência.

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