Única alternativa para defender Rússia era atacar Ucrânia, diz Putin
Durante reunião com empresários, presidente russo disse que medida foi forçada por não haver outra forma de proceder
A Rússia não tinha nenhuma outra alternativa para se defender além de lançar suas tropas contra a Ucrânia, afirmou nesta quinta-feira (24) o presidente Vladimir Putin, depois que Moscou lançou uma invasão contra o país vizinho durante a madrugada.
Veja também
"O que está ocorrendo atualmente é uma medida forçada, já que não nos deixaram nenhuma outra forma de proceder", declarou Putin em uma reunião com empresários transmitida pela televisão.
A Rússia iniciou o ataque à Ucrânia na madrugada desta quinta-feira (24). Explosões foram ouvidas em Kiev, capital ucraniana. O presidente Volodymyr Zenlensky anunciou a adoção da lei marcial, quando regras militares substituem as leis civis comuns de um país, e pediu calma aos cidadãos.
O espaço aéreo do país foi fechado "por causa do alto risco de segurança", informou o Ministério da Infraestrutura da Ucrânia.
Veja também
Reação Internacional
O início da ofensiva militar provocou uma série de reações imediatas da comunidade internacional, que critica a ordem expedida pelo presidente Vladimir Putin.
O ataque russo "deve parar agora", implorou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança.
"Presidente Putin, em nome da humanidade, leve de volta as tropas à Rússia", declarou Guterres, que considera este o "dia mais triste" desde que assumiu o cargo à frente da ONU.
Otan
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, denunciou o "ataque irresponsável e não provocado" da Rússia contra a Ucrânia, e alertou que deixa "incontáveis vidas em risco".
"Mais uma vez, apesar de nossas repetidas advertências e esforços incansáveis para um compromisso na diplomacia, a Rússia escolheu o caminho da agressão contra um país independente e soberano", acrescentou.
Também disse que a Otan "fará tudo o que for necessário para proteger e defender todos os aliados".