Reino Unido, Austrália e Canadá reconhecem o Estado da Palestina; veja lista

Ação representa mais um ato de apoio frente à ofensiva israelense sobre o território árabe

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(Atualizado às 12:34)
Foto que contém manifestação com francês empunhando a bandeira da Palestina
Legenda: Franceses lideram iniciativa que prevê ampliar o reconhecimento ao Estado da Palestina
Foto: Bertrand Guay/AFP

Neste domingo (21), dez países - a maioria deles europeu - devem reconhecer a Palestina como Estado soberano, rompendo a política apoiada pelos Estados Unidos e por Israel, que trava desde 2023 um conflito contra o grupo extremista Hamas.

Austrália, Canadá e Reino Unido, por meio dos seus primeiros-ministros, anunciaram na manhã deste domingo que reconhecem a Palestina como Estado Soberano.

"(A Austrália) reconhece formalmente o independente e soberano Estado da Palestina. Ao fazê-lo, a Austrália reconhece as aspirações legítimas e antigas do povo palestino de ter um Estado próprio", afirmou Anthony Albanese, premiê da Austrália, por meio de um comunicado.

"Hoje, o Reino Unido reconhece formalmente o Estado da Palestina para reviver a esperança de paz entre palestinos e israelenses, e uma solução de dois Estados", afirmou Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, em publicação nas redes sociais.

"O Canadá reconhece o Estado da Palestina e oferece sua colaboração para construir a promessa de um futuro pacífico, tanto para o Estado da Palestina como para o Estado de Israel", disse Mark Carney, premiê canadense.

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Conforme o jornal português Euro News, outros sete países devem seguir os mesmos passos, liderados por uma iniciativa francesa. São eles:

  • Andorra;
  • Bélgica;
  • França;
  • Luxemburgo;
  • Malta;
  • Portugal;
  • San Marino.

Até agosto, conforme a BBC, 147 dos 193 membros da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo o Brasil, reconheciam a Palestina como soberana. Com isso, sobe para 157 o total de países que apoiam a criação do Estado.

Pressão sobre Israel aumenta

As mudanças de discurso representam o rompimento de décadas das políticas externas das nações da Europa Ocidental e de Canadá e Austrália, comumente aliados da mesma estratégia dos EUA.

O reconhecimento crescente da Palestina como Estado soberano é uma medida que tenta aumentar a pressão sobre Israel para acabar com guerra em Gaza, que arrasta desde 2023.

As decisões vêm gerando repercussões por parte do Estado de Israel, que busca ampliar a área de domínio na região.

Autoridades de saúde da Palestina apontam que pelo menos mais de 65 mil pessoas já foram mortas nos confrontos, que completam dois anos em outubro. 

Está marcada para esta segunda-feira (22) o início da Assembleia Geral da ONU, na qual vários países devem adotar a mesma medida de Austrália, Canadá e Reino Unido.

 

 

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