Quem são as brasileiras que continuam desaparecidas em Israel após Hamas atacar rave
Um terceiro brasileiro, que participou da festa, também estava sumido, mas a família confirmou a morte do jovem nessa segunda-feira (9)
Duas brasileiras que estavam em uma rave realizada no Sul de Israel, no sábado (7), continuam desaparecidas desde que a região foi bombardeada pelo grupo extremista armado islâmico Hamas. Nessa segunda-feira (9), a família do gaúcho Ranani Glazer, de 23 anos, confirmou a morte dele, que também participava do festival de música eletrônica no momento do ataque, e chegou a ser considerado desaparecido. Mais de 250 pessoas foram assassinadas no evento.
Os três estavam na festa, realizada a 20 km da Faixa de Gaza, quando paramilitares islâmicos lançaram granadas e dispararam contra o público após cercarem o local. O óbito do jovem, que nasceu no Brasil e morava na região há sete anos, foi notificado aos parentes pelas autoridades locais, conforme revelou a tia dele, Karen Glazer, ao jornal O Globo.
Além de Ranani, as brasileiras Karla Stelzer Mendes e Bruna Valeanu estavam na rave ligada à marca Universo Paralello. As duas continuam desaparecidas desde o ataque de sábado.
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Brasileiras desaparecidas após rave
Karla Stelzer Mendes
A mulher de 41 anos foi a última brasileira identificada como desaparecida, segundo o jornal O Globo. Ela também tem nacionalidade israelense e é mãe de um jovem de 19 anos, integrante do exército de Israel.
Karla estava na festa de música eletrônica acompanhada do namorado, Gabi Azulay, que também não foi mais visto após a investida do Hamas. "Alguém conhece esse casal? Sabem alguma coisa sobre eles? Eles estavam em uma festa no sul. Por favor, se alguém souber qualquer coisa ou tenha visto eles, nos informe", escreveu uma amiga da brasileira, na rede social Facebook.
Bruna Valeanu
A jovem de 24 anos também tem dupla nacionalidade, brasileira-israelense, e é natural do estado do Rio de Janeiro. A última vez que os familiares conseguiram contato com ela foi no sábado, por volta das 9h, quando, na ocasião, relatou ter testemunhado disparos e mortes, conforme o periódico.
Irmã de Bruna, Nathalia Valeanu disse ao portal G1, na segunda-feira, que torce para a familiar ter sido feita refém e mantida viva pelos extremistas.
"Sendo muito sincera, a minha melhor esperança é que ela tenha sido sequestrada. Porque se não, acho que é isso, ela não sobreviveu", disse.
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Brasileiro morto serviu ao exército israelita
Ranani Glazer era de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e morava em Israel. Glazer tinha mais de 10 mil seguidores no Instagram e gostava de compartilhar viagens e aventuras com amigos. Ainda conforme a rede social, Glazer era um frequentador assíduo de raves.
Segundo informações postadas pelo rapaz na internet, ele atuou como soldado nas Forças de Defesa de Israel, desde 2019. Glazer morava há sete anos no País.
Governo planeja buscar 900 brasileiros em Israel
O comandante da Força Aérea do Brasil (FAB), Marcelo Damasceno, informou que o governo planeja buscar 900 brasileiros em Israel até sábado (14). A informação foi dada nesta segunda-feira ao G1.
O grupo extremista islâmico Hamas bombardeou e invadiu Israel no último sábado. Israel realizou um contra-ataque, atingindo a Faixa de Gaza, território governado pelo Hamas. Diante do conflito, a FAB, em coordenação com os Ministérios da Defesa e Relações Exteriores (MRE), foi acionada para repatriar brasileiros que estão em Israel.
Após disponibilizar formulário online, a Embaixada em Tel Aviv recebeu dados de aproximadamente 1.700 brasileiros que desejam a repatriação, sendo a maioria turistas hospedados em Tel Aviv e Jerusalém.