Presidente da Coreia do Sul é solto da prisão

Yoon, que foi preso em janeiro sob acusações de insurreição, saiu do centro de detenção sorrindo e fez uma reverência aos apoiadores, que o aplaudiram

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AFP producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 17:12)
Legenda: "Inclino minha cabeça em gratidão ao povo desta nação", disse Yoon em uma declaração divulgada por seus advogados
Foto: YONHAP / AFP

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, suspenso do cargo pelo Parlamento e preso após sua tentativa de impor a lei marcial, foi libertado neste sábado (8), apuraram jornalistas da AFP.

Yoon, que foi preso em janeiro sob acusações de insurreição, saiu do centro de detenção sorrindo e fez uma reverência aos apoiadores, que o aplaudiram. "Inclino minha cabeça em gratidão ao povo desta nação", disse Yoon em uma declaração divulgada por seus advogados.

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Na sexta-feira (7), um tribunal anulou o mandado de prisão pelo qual ele permanecia preso, citando questões processuais relacionadas à sua detenção. 

A decisão não implicou em libertação imediata, já que o código de processo penal dá à Promotoria um prazo de apelação de sete dias. 

A Promotoria, no entanto, decidiu não exercer esse direito, então neste sábado foi ordenada a libertação do presidente suspenso.

O presidente conservador causou comoção na noite de 3 de dezembro ao declarar a lei marcial e enviar o exército ao Parlamento. Seis horas depois, ele teve que recuar, pois os deputados conseguiram romper o cordão militar e se reunir na câmara para revogar a lei marcial. 

Golpe

Yoon Suk Yeol, de 64 anos, justificou seu golpe dizendo que o Parlamento dominado pela oposição estava bloqueando o orçamento e que seus rivais haviam sido infiltrados pela Coreia do Norte. 

Além do processo criminal, Yoon também aguarda uma decisão do Tribunal Constitucional, que recentemente o submeteu a um julgamento de impeachment e deve confirmar ou negar a destituição votada pelo Parlamento em dezembro.

De qualquer forma, a investigação criminal por tentativa de subversão da ordem civil continuará mesmo que sua destituição seja confirmada. 

Em seu julgamento perante o Tribunal Constitucional, Yoon disse em seu argumento final que o país enfrenta "uma crise existencial".