Maior serial killer da Colômbia morre aos 66 anos; conheça crimes do 'Monstro de Génova'

Luis Alfredo Garavito é apontado como reponsável pelo assassinato de pelo menos 170 crianças

Escrito por Diário do Nordeste/AFP ,
Esta foto de arquivo sem data mostra o assassino em massa colombiano condenado Luis Alfredo Garavito, que confessou ter matado mais de 140 crianças na Colômbia, incluindo quatro no Equador. Um tribunal colombiano condenou Garavito, em 26 de maio de 2000, a uma pena de 835 anos de prisão.
Legenda: Ele chego a receber setença de 800 anos de prisão pelos assassinatos, mas, como a pena máxima na Colômbia é de quatro décadas, esse tempo foi reduzido
Foto: STR/AFP

O maior serial killer da história da Colômbia, identificado como Luis Garavito, morreu aos 66 anos, nessa quinta-feira (12), enquanto cumpria pena. Conhecido como "A Besta" ou "O Monstro de Génova" — em alusão ao nome da cidade natal dele — agrediu sexualmente, torturou e matou pelo menos 170 crianças, entre 1980 e 1999, quando foi detido pelas autoridades do País.

O Instituto Nacional Penitenciário e Carcerário (Inpec) detalhou que o óbito foi registrado em uma clínica, localizada na cidade de Valledupar, região Norte colombiana, e foi provocado por "múltiplas condições de saúde".

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Ele foi diagnosticado com câncer no olho e leucemia. Nas últimas fotos conhecidas dele, aparecia debilitado e com uma ferida no olho esquerdo, conforme a agência de notícias internacionais AFP.

O assassino em série estava preso desde o fim da década de 1990, após ser condenado a cumprir 40 anos de detenção. Inicialmente, ele chegou a receber sentença de 800 anos pelos crimes, mas a pena máxima na Colômbia é de quatro décadas. 

Mais de 170 crianças torturadas e mortas

Luis Alfredo Garavito foi considerado culpado pelo abuso sexual, pela tortura e pela morte de pelo menos 170 menores de idade desde 1980 até a prisão dele, em 1999. A maioria das vítimas eram do gênero masculino.

Segundo crônicas jornalísticas e registros das autoridades, ele agia com extrema crueldade, visando enganar as crianças e depois matá-las em áreas isoladas. Algumas das vítimas, já sem vida, tiveram os órgãos genitais cortados e inseridos nas próprias bocas.

Membros da Fiscalia recolhem um dos esqueletos de algumas das cento e quarenta crianças assassinadas por Luis Alfredo Garavito em outubro de 1998, em Pereira 320 Kms. a oeste de Bogotá, Colômbia.
Legenda: Esqueletos de algumas das vítimas foram encontrados pelas autoridades
Foto: J BONILLA / AFP

Na confissão, Garavito revelou que se passava por mendigo, monge ou vendedor para convencer as crianças a acompanhá-lo. Ele oferecia dinheiro e presentes.

Ele também relatou ter cometido crimes no Equador e na Venezuela. Em 2014, a justiça equatoriana chegou a solicitar a extradição dele, mas a Colômbia respondeu que ele deveria cumprir primeiro a pena no país. Na ausência de Garavito, as autoridades do Equador o condenaram à revelia a 22 anos de prisão. 

Quando as autoridades o capturaram, em 1999, em uma área rural de Villavicencio, região Sul da Colômbia, ele acabara de tentar sequestrar um menino. 

Da prisão, ele detalhava com cinismo o próprio histórico criminoso e afirmou ter se convertido ao cristianismo. "Já me perdoei (...) O que está feito, está feito. E eu, por que vou me martirizar?", declarou em 2004, ao canal RCN.

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