
O governo dos Estados Unidos deu 72 horas para que o embaixador sul-africano em Washington, Ebrahim Rasool, deixe o país, após ele ser acusado de odiar os EUA e o presidente Donald Trump. Nessa sexta-feira (14), o chefe da diplomacia americana o declarou "persona non grata", segundo indicou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da África do Sul.
"O Departamento de Estado o informou ontem que tinha 72 horas para sair do país", disse Chrispin Phiri em comunicado. O secretário de Estado, Marco Rubio, acusou Rasool de ser um "político racista que odeia os Estados Unidos" e Donald Trump.
Rubio compartilhou um texto do site Breitbart, conhecido como apoiador do governo Trump, e segundo a reportagem citada, o embaixador sul-africano teria afirmado que Trump lidera um movimento de supremacia branca.
"O embaixador Rasool estava prestes a se reunir com autoridades estratégicas na Casa Branca. Este fato lamentável anula avanços significativos", lamentou Phiri, após semanas de polêmicas e preocupações sobre o futuro de Pretória, capital da África do Sul, dentro do acordo comercial AGOA, que permite exportar alguns produtos sem tarifas para os Estados Unidos.
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A presidência sul-africana chamou a expulsão de "lamentável" e o ministro das Relações Exteriores descreveu o fato como "sem precedentes" em uma entrevista ao canal de notícias da televisão pública SABC.
"No âmbito das relações diplomáticas normais, deveria ter sido feita uma aproximação do embaixador para que explicasse seus comentários", destacou.
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