Israel concorda com pausa nos combates para vacinação contra poliomielite em Gaza

A campanha de imunização terá início no dia 1º de setembro

Escrito por Redação ,
Vacina contra a poliomielite
Legenda: A imunização começará no centro de Gaza e depois seguirá para o sul e o norte
Foto: Shutterstock

Israel aceitou fazer "pausa humanitária" no conflito em Gaza para permitir que funcionários de saúde da ONU administrem vacinas contra a poliomielite no território palestino, conforme divulgou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (29). A campanha começará em 1º de setembro.

A imunização começará no centro de Gaza e depois seguirá para o sul e o norte. O objetivo é imunizar mais de 640.000 crianças menores de 10 anos.

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"Enfatizamos a importância crucial de que todas as partes cumpram os compromissos assumidos", instou Michael Ryan, diretor-geral adjunto da OMS, ao Conselho de Segurança da ONU.

Já foram enviadas 1,26 milhão de doses da vacina NoPV2 para Gaza e que ainda restam outras 400.000 por chegar. A vacina é administrada por via oral em duas gotas.

Os trabalhadores de saúde devem retornar dentro de quatro semanas para aplicar mais duas doses a cada criança. No entanto, uma nova pausa humanitária não foi discutida até o momento.

Oren Marmorstein, porta-voz de Assuntos Exteriores de Israel, confirmou na rede social X que seu governo "coordenou uma operação em grande escala com a OMS e o Unicef para vacinar as crianças da Faixa de Gaza contra a poliomielite". O Hamas, por sua vez, disse que apoia a "trégua humanitária da ONU".

Robert Wood, embaixador adjunto dos Estados Unidos nas Nações Unidas, considerou que é "vital que esta campanha seja realizada sem demora" e pediu a Israel que "facilite o acesso" e "garanta períodos de calma" no conflito.

Riscos da Poliomielite em Gaza

O vírus da poliomielite é altamente infeccioso e se espalha com mais frequência através de águas residuais e de água contaminada, um problema cada vez mais comum em Gaza, com grande parte das infraestruturas destruídas.

A doença afeta principalmente crianças menores de cinco anos. Pode causar deformidades e paralisia e até levar à morte.

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