Homem-bomba invade igreja em Damasco e mata ao menos 20 pessoas na Síria
Tensão no País é pelo ressurgimento de células do grupo extremista Estado Islâmico
Um atentado suicida de um homem-bomba deixou pelo menos 20 pessoas mortas e outras 52 feridas em uma igreja de Dweil'a, cidade localizada nos arredores de Damasco, capital da Síria.
Informações da televisão do governo sírio, de um observatório de um monitoramento da guerra e do portal g1 apontam que a Igreja Ortodoxa Grega Mar Elias estava lotada no momento do atentado. A Associated Press apontou que há crianças entre os atingidos.
Veja também
Socorristas e equipes de segurança chegaram ao local pouco tempo depois da explosão. O Ministério do Interior sírio declarou que o homem-bomba entrou na igreja, abriu fogo e detonou o colete explosivo. Segundo a pasta, ele era membro do grupo extremista Estado Islâmico.
Síria vive momento de transição política delicado
A ação do homem-bomba nos arredores de Damasco foi a primeira desde a deposição do regime do então ditador sírio Bashar al-Assad em dezembro de 2024. Agora, o País vive de fato sob um regime islâmico e tenta angariar o apoio de minorias religiosas, o que inclui os católicos ortodoxos sírios.
O atual presidente, Ahmad al-Sharaa, tenta conquistar autoridade plena sobre o território da Síria. Em meio a essa tentativa, a tensão com o possível ressurgimento de núcleos de grupos extremistas, como o Estado Islâmico, assombra a geopolítica e a população local, que ainda sofre com os efeitos das guerras internas.
Em 2016, o Estado Islâmico atacou minorias religiosas de forma contundente no governo de Bashar al-Assad. Na ocasião, peregrinos xiitas foram alvos em Sayeda Zainab.
Shaara disse várias vezes que vai proteger as minorias sírias. O Ministério das Relações Exteriores da Grécia emitiu comunicado onde condena o que chamou de "abominável atentado terrorista suicida" na Igreja Ortodoxa.
"Exigimos que as autoridades de transição sírias tomem medidas imediatas para responsabilizar os envolvidos e implementem medidas para garantir a segurança das comunidades cristãs e de todos os grupos religiosos, permitindo-lhes viver sem medo", reiterou o ministério grego.