Forças de segurança da França matam líder do Estado Islâmico no Grande Saara, anuncia Macron

O presidente Francês informou que Adnan Abu Walid al Sahraoui foi "neutralizado"

Escrito por AFP ,
morte de líder do Estado Islâmico
Legenda: Presidente avaliou a morte do terrorista como um "grande sucesso"
Foto: Ludovic Marin/AFP

O líder do grupo extremista Estado Islâmico no Grande Saara (EIGS), Adnan Abu Walid al Sahraoui, foi "neutralizado" pelas forças francesas, assim anunciou o presidente francês, Emmanuel Macron, pelo Twitter, na madrugada desta quinta-feira (16).

"Adnan Abu Walid al Sahraoui, chefe do grupo terrorista do Estado Islâmico no Grande Saara, foi neutralizado pelas forças francesas", frisou Macron.

O Palácio do Eliseu informou que o líder deste grupo, considerado o responsável pela maioria dos ataques no Mali, no Níger e em Burkina Faso, estava "morto".

"Trata-se de um novo grande sucesso no combate contra os grupos terroristas no Sahel", disse Macron.

Ofensiva

De acordo com a ministra da Defesa francesa, Florence Parly, o líder do Estado Islâmico no Grande Saara (EIGS) "morreu após um ataque da força Barkhane", uma operação anti-jihadista implantada pela França na área.

Fundado em 2015 por Walid al Sahraoui, ex-membro da Frente Polisário no Saara e do movimento Al-Qaeda do Magrebe Islâmico, o grupo EIGS foi identificado pela França como um "inimigo prioritário" no Sahel.

A região é cenário habitual das ações de dois grupos extremistas: o EIGS e o Grupo de Apoio ao Islã e os Muçulmanos, vinculado à Al-Qaeda. 

Histórico

O EIGS cometeu ataques particularmente mortais contra civis e militares na conhecida "zona das três fronteiras".

Em 9 de agosto de 2020, no Níger, o líder do grupo ordenou pessoalmente o assassinato de seis trabalhadores humanitários franceses e do guia e do motorista nigerinos que os acompanhavam.

Em junho e julho, o exército francês matou ou capturou diferentes altos dirigentes do braço do EIGS.

Depois de oito anos de importantes vínculos com o Sahel, o presidente Macron anunciou em junho uma redução da presença militar francesa na zona e o fim da operação antijihadista Barkhane.