
Filho de brasileiros, George Santos, ex-deputado republicano dos Estados Unidos, foi condenado a 7 anos e 3 meses de prisão nesta sexta-feira (25), por crimes como usurpação de identidade, lavagem de dinheiro e desvio de recursos de campanha.
O político, de 36 anos, foi expulso do Congresso em 2023, após ser acusado de usar cartões de crédito de doadores sem autorização para comprar roupas de grife e realizar pagamentos.
Em agosto de 2024, ele se declarou culpado pelos delitos de fraude eletrônica e de roubo de identidade. O descendente de brasileiros foi indiciado após se negar a renunciar ao cargo parlamentar na Casa legislativa. Ao assumir os crimes, evitou ser submetido a um julgamento, previsto para começar em setembro daquele ano.
"Ele admitiu ter se envolvido em uma onda de crimes que se estendeu por vários anos. Ele roubou identidades pessoais e informações financeiras de contribuintes de campanha, fez transferências não autorizadas de dinheiro para sua campanha e para si mesmo", disse o promotor John Durham.
Ele chegou ao ponto de procurar idosos com comprometimento cognitivo e demência."
Nesta sexta, a juíza instrutora do caso, Joanna Seybert, do Tribunal Distrital Federal em Central Islip, condenou George Santos a 7 anos e 3 meses.
Ano passado, a magistrada ainda determinou que o ex-deputado deveria restituir 373.749,97 dólares (R$ 2.124.394,82, na cotação desta sexta) e pagar uma multa de 205.002,97 dólares (R$ 1.165.236,88) como parte do acordo de culpabilidade.
Veja também
Usou dinheiro para botox e OnlyFans
A queda do congressista de Long Island aconteceu após ser revelado que ele havia inventado quase toda sua história, incluindo sua educação, religião e histórico profissional.
George Santos foi eleito para a Câmara dos Representantes dos EUA em 2022, sendo indiciado no ano seguinte por roubar doadores de campanha e se envolver em fraude de cartão de crédito, lavagem de dinheiro e roubo de identidade.
Ele usou dinheiro de doadores para tratamentos de Botox e para o site de conteúdo adulto OnlyFans, além de produtos de luxo e férias nos Hamptons e em Las Vegas, de acordo com uma investigação de um comitê de ética do Congresso.
As invenções biográficas do político incluíam alegações de ter trabalhado para o Goldman Sachs, ser judeu e ter sido um astro do vôlei universitário.
Ele foi finalmente condenado pela investigação do Congresso que encontrou evidências de má conduta e o acusou de tentar "explorar fraudulentamente todos os aspectos de sua candidatura à Câmara".
Ao ser retirado do Congresso em 2023, se tornou a terceira pessoa a ser expulsa do parlamento dos EUA desde a Guerra Civil, repreensão, até então, reservada a traidores e criminosos condenados.
Em fevereiro de 2024, os eleitores de seu distrito suburbano de Nova York escolheram o democrata Tom Suozzi para substituí-lo.
>> Acesse nosso canal no Whatsapp e fique por dentro das principais notícias.