Ex-atriz pornô Stormy Daniels diz que Trump não merece ser preso

Para ela, os crimes do ex-presidente dos Estados Unidos contra ela não merecem encarceramento

Escrito por Redação ,
Manifestações nos Estados Unidos
Legenda: Manifestantes protestando contra o ex-presidente Donald Trump na frente do Tribunal Criminal de Manhattan antes da acusação dele em 4 de abril
Foto: Spencer Platt/AFP

A ex-atriz pornô que acusou Donald Trump de suborno, Stormy Daniels, disse que o ex-presidente dos Estados Unidos não deveria ir para a cadeia por comprar o silêncio dela antes das eleições presidenciais de 2016.  

Para Stormy, apenas outros crimes dele deveriam resultar em encarceramento, caso ele seja realmente condenado.

"Eu não penso que os crimes dele contra mim são passíveis de encarceramento. Eu sinto que outras coisas que ele fez, se ele for condenado, com certeza (deveriam implicar uma pena de prisão)", afirmou em uma entrevista para a rede de TV Fox. Declaração vai ao ar nesta quinta-feira (6).

Stormy Daniels em evento
Legenda: Stormy Daniels entrou com processo na Justiça norte-americana para invalidar acordo
Foto: Robyn Beck / AFP

Na última terça-feira, Trump se apresentou à Justiça estadunidense em um tribunal de Manhattan, em Nova York, para ser formalmente notificado das acusações após cinco anos de investigação pelo pagamento de dinheiro à Stormy.

O ex-presidente dos Estados Unidos se declarou inocente das 34 acusações feitas contra ele de falsificar registros empresariais. A audiência foi comandada pelo juiz Juan Merchan, que supervisionou o julgamento de fraude fiscal da Trump Organization em 2022. 

Entenda o caso

Trump é acusado de ter subornado Stormy Daniels com U$ 130.000 (pouco mais de R$ 420 mil em valores da época) na reta final da campanha às eleições presidenciais de 2016 para que ela se calasse sobre um suposto caso extraconjugal, ocorrido dez anos antes e que ele sempre negou.

Seu então advogado, Michael Cohen, foi o encarregado de fazer o pagamento, e o magnata reembolsou-o pela quantia de forma parcelada, supostamente fazendo-a passar por honorários profissionais.

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Conforme a lei dos EUA, um acordo desse tipo não é ilegal, mas o reembolso de Cohen feito por Trump foi registrado como parte dos honorários do advogado, algo que pode ser configurado como crime de falsificação de registros comerciais.

 

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