Em resposta a Trump, China anuncia tarifa de 84% sobre produtos americanos
Medida representa um aumento significativo em relação aos 34% anunciados pelo governo chinês na semana passada
O Ministério das Finanças da China anunciou, nesta quarta-feira (9), que irá aumentar para 84% as tarifas aplicadas a produtos importados dos Estados Unidos. A nova taxa entra em vigor já nesta quinta-feira (10). O reajuste representa um aumento significativo em relação aos 34% anunciados pelo governo chinês na semana passada.
Guerra comercial entre China e EUA
De acordo com autoridades de Pequim, o aumento busca equiparar os impostos aos que foram recentemente impostos pelos Estados Unidos sobre mercadorias chinesas.
"A China insta os EUA a corrigirem imediatamente suas práticas equivocadas, a cancelarem todas as medidas tarifárias unilaterais contra a China e a resolverem adequadamente as diferenças por meio de um diálogo igualitário, baseado no respeito mútuo", diz a nota.
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O governo chinês classificou como "um erro em cima de outro" a decisão dos Estados Unidos de impor tarifas adicionais contra o país. Segundo o Ministério das Finanças, a medida norte-americana viola de forma grave os direitos e interesses legítimos da China, enfraquece o sistema de comércio multilateral baseado em regras e compromete de maneira significativa a estabilidade da economia global. "Trata-se de um claro exemplo de unilateralismo, protecionismo e coerção econômica", afirmou o órgão.
AÇÃO NA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO
O Ministério do Comércio da China também informou nesta quarta-feira que entrou com uma nova ação na Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar as tarifas impostas pelos Estados Unidos. O foco desta vez é a cobrança extra de 50% sobre produtos chineses.
De acordo com um porta-voz da pasta, as medidas tarifárias norte-americanas "violaram gravemente as normas da OMC" e evidenciaram uma postura de "intimidação unilateral". Ainda segundo o ministério, a China continuará a defender de forma firme seus direitos e interesses legítimos, além de agir em prol da preservação do sistema multilateral de comércio e da estabilidade da economia global.
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