'Taxa das blusinhas' é ampliada por Trump e pode chegar a 90% para produtos da Shein nos EUA, diz jornal

Tarifa deve ser voltada a produtos abaixo de US$ 800

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(Atualizado às 10:24)
Imagem de um smartphone exibindo o logo da SHEIN, que será alvo da nova 'taxa das blusinhas' nos EUA, com a página do site da marca de moda ao fundo, apresentando promoções e produtos variados.
Legenda: Medida entrará em vigor a partir do dia 2 de maio
Foto: Shutterstock

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encerrou a brecha que isentava produtos importados de empresas como Shein e Temu. Segundo o jornal econômico Axios, o republicano ainda triplicou as taxas de importação do País na terça-feira (7). A medida deve entrar em vigor a partir de 2 de maio.

Pouco após assumir a Casa Branca, Trump anunciou que compras internacionais abaixo de US$ 800 (cerca de R$ 4.748,96) estariam sujeitas a um imposto de 30%, ou US$ 25 por item. Anteriormente, importações abaixo desse limite eram completamente isentas. Agora, esses produtos devem ser taxados em 90% do valor original.

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Em comunicado ao Axios, a varejista Forever 21 celebrou a nova porcentagem e ainda apontou a Shein como a responsável pelo fechamento das suas lojas nos Estados Unidos.

"A capacidade de varejistas não americanos de venderem seus produtos a preços drasticamente mais baixos para consumidores americanos impactou significativamente a capacidade da empresa de reter sua base tradicional de clientes", disse o codiretor de reestruturação da Forever 21, Stephen Coulombe, em um processo judicial.

Na contramão, críticos ouvidos pelo veículo alegam que a medida não é beneficial para os consumidores, e que "há drásticas chances de aumentar o tempo de envio". Até esta quarta-feira (9), Shein e Temu não se pronunciaram sobre o assunto.

Novas tarifas do Trump

Nesta quarta, entra em vigor o novo pacote de tarifas anunciadas por Donald Trump, que inclui uma monumental taxa de 104% sobre os produtos chineses. A medida ainda quase 60 parceiros comerciais com taxas adicionais de entre 11% e 50%.

Um porta-voz do Ministério do Comércio chinês estimou à Agence France-Presse (AFP) que "a ameaça dos Estados Unidos de aumentar as tarifas contra a China é um erro após outro e expõe mais uma vez a natureza chantagista de" Washington.

Segundo o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, seu país tem "ferramentas" suficientes para "compensar" a turbulência econômica, indicou a agência a notícias Xinhua.

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