Defesa de Luigi Mangione pede que justiça barre pedido de pena de morte
Advogados acusam o governo Trump de ‘manobra política’
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A defesa de Luigi Mangione, jovem acusado de assassinar o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em Nova York, entrou nesta sexta-feira (11/4), com um pedido na Justiça dos Estados Unidos para impedir que o governo busque a pena de morte no caso. Ele segue detido no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn.
"O governo dos Estados Unidos pretende matar o Sr. Mangione como uma manobra política", disseram os advogados, que alegam que a decisão da procuradora-geral Pamela Bondi - que é aliada do presidente norte-americano Donald Trump - tem motivações políticas, e que ela ignora os protocolos para esse tipo de punição no país.
A procuradora anunciou no início de abril, que iria pedir a pena de morte para Mangione, pois classificou o crime foi “premeditado” e cometido “a sangue frio”. Segundo Bondi, a iniciativa faz parte da nova política defendida por Trump, de “tolerância zero” contra crimes violentos.
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A defesa de Mangione alega que a procuradora utilizou indevidamente o cargo da vítima — Brian era um alto executivo do setor de saúde — como uma justificativa para agravar a pena do acusado, o que não está previsto nos critérios do Departamento de Justiça, e argumentam que declarações públicas de Bondi comprometem a imparcialidade do júri.
Mangione foi preso em dezembro de 2024, depois de dias de buscas, após atirar em Thompson na porta de um hotel em Manhattan. Ele portava arma e um manifesto com críticas ao sistema de saúde dos Estados Unidos no momento da prisão. Ele tem nova audiência marcada para o dia 18 de abril.