
Cinco soldados israelenses foram acusados de torturar um prisioneiro palestino em um centro de detenção no sul de país, perto da Faixa de Gaza. A informação foi divulgada pelo Exército de Israel nesta quarta-feira (19), mas o caso ocorreu em julho de 2024.
"O promotor militar indiciou cinco reservistas por terem cometido agressões em circunstâncias com agravantes e provocado ferimentos a um prisioneiro" no centro de detenção de Sdé Teiman, onde os palestinos estão detidos desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023, disse o Exército em um comunicado.
Segundo a acusação, os soldados "agiram contra o detido com grande violência", causando-lhe "ferimentos graves", incluindo costelas fraturadas, um pulmão perfurado e uma fissura anal, disse o comunicado.
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O incidente ocorreu em 5 de julho de 2024 durante uma revista na qual o prisioneiro foi vendado e teve suas mãos e tornozelos algemados, segundo a mesma fonte.
A acusação cita várias provas coletadas durante a investigação, incluindo imagens de câmeras de vigilância e laudos médicos.
HISTÓRICO DE MAUS-TRATOS

O centro de detenção de Sdé Teiman fica em uma base militar. Palestinos, especialmente da Faixa de Gaza, foram presos no local após o início da guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamista em solo israelense.
No início de fevereiro, um tribunal militar israelense condenou um soldado a sete meses de prisão por "maus-tratos" de presos palestinos no mesmo centro de detenção.
Em julho de 2024, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, publicou um relatório afirmando que, desde o ataque de 7 de outubro, muitos palestinos foram presos secretamente, em alguns casos recebendo tratamentos que poderiam ser equivalentes a tortura.
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