Câmara dos EUA aprova orçamento e encerra o shutdown mais longo da história

O projeto segue para sanção de Donald Trump e mantém o governo em funcionamento até 30 de janeiro.

Escrito por
Lucas Monteiro lucas.morais@svm.com.br
(Atualizado às 06:32, em 13 de Novembro de 2025)
Imagem do Capitólio na área externa.
Legenda: Entre os pontos centrais, estão o financiamento integral do programa de assistência alimentar.
Foto: Mandel Ngan / AFP.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, na noite desta quarta-feira (12), o projeto de lei que põe fim ao "shutdown" de 43 dias — a paralisação mais longa da história do país.

O texto, que já havia passado pelo Senado, segue agora para o presidente Donald Trump, que deve sancioná-lo e reabrir o governo.

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Foram 222 votos a favor e 209 contra, em uma sessão marcada pela retomada dos trabalhos após quase um mês de recesso. O presidente da Câmara, Mike Johnson, pediu desculpas aos americanos pelos impactos da paralisação e culpou os democratas pelos atrasos em voos, falta de pagamento a servidores e o congelamento de programas sociais.

“Enquanto os democratas continuam votando para paralisar o governo, os republicanos vão votar para reabri-lo”, disse Johnson no plenário.

Presidente da Câmara, Mike Johnson, de terno azul, fala em coletiva.
Legenda: O presidente da Câmara, Mike Johnson, pediu desculpas aos americanos pelos impactos da paralisação.
Foto: Saul Loeb / AFP.

O pacote aprovado garante o funcionamento do governo até 30 de janeiro e inclui três projetos de dotações orçamentárias até setembro de 2026.

Entre os pontos centrais, estão o financiamento integral do programa de assistência alimentar, chamado de SNAP, que atende mais de 40 milhões de americanos, e a reintegração de milhares de servidores demitidos durante o "shutdown". Também haverá pagamento retroativo para funcionários que ficaram sem salário.

Em contrapartida, os democratas cederam em um dos pontos mais polêmicos: o texto não renova os subsídios ampliados do Obamacare, o que pode elevar o custo dos planos de saúde para mais de 20 milhões de americanos a partir do próximo ano.

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