Biden autoriza Ucrânia a usar mísseis dos EUA na guerra contra a Rússia

Putin já havia ameaçado retaliar caso autorização fosse concedida

Escrito por Redação ,
foto de desastre em Guerra entre Rússia e Ucrânia
Legenda: Guerra entre Rússia e Ucrânia começou em fevereiro de 2024
Foto: Oleksandr GIMANOV / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis fornecidos pelos EUA na guerra contra a Rússia. A informação foi divulgada pelo jornal The New York Times.

Biden vinha resistindo a conceder a autorização há meses. A decisão foi tomada após o envio de tropas da Coreia do Norte para lutar ao lado dos russos. 

Os mísseis de longo alcance devem ser utilizados primeiramente contra forças russas e norte-coreanas na região de Kursk, tomada pela Ucrânia em agosto.

O uso de mísseis dos Estados Unidos era um ponto polêmico no confronto, já que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, havia prometido retaliar. Entre as ameaças feitas, estão testes nucleares.

A permissão também ocorre após a vitória de Trump nas eleições norte-americanas. O republicano é crítico do apoio aos ucranianos e prometeu terminar a guerra.

TROPAS NORTE-COREANAS NA GUERRA

Os Estados Unidos informaram que pelo menos 3 mil soldados da Coreia do Norte estão na Rússia. O envio ocorre enquanto Kiev e seus aliados ocidentais temem que a mobilização vire um grande deslocamento de tropas para apoiar a invasão russa à Ucrânia.

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Pyongyang, capital da Coreia do Norte, e Moscou, capital da Rússia, se aproximaram desde a invasão russa da Ucrânia em 2022, enquanto Seul e Washington denunciam que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, tem enviado armas para serem utilizadas no conflito.

No entanto, o envio de tropas para apoiar o exército russo — que está sofrendo grandes baixas no leste da Ucrânia — seria uma escalada significativa desse apoio e um alerta por parte de Kiev e seus aliados.

Em declarações à imprensa, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que se os soldados norte-coreanos “decidirem se unir aos combates na Ucrânia, se tornarão alvos legítimos”.

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