O Exército israelense anunciou, nesta terça-feira (noite de segunda, 30, no Brasil), que suas forças começaram a realizar "incursões terrestres seletivas" em povoados do sul do Líbano contra o grupo islamista Hezbollah. A nova ofensiva ocorre dois dias após a confirmação da morte de Hassan Nasrallah, líder do grupo político. O governo de Israel iniciou a "nova fase" na guerra contra no Oriente Médio.
"De acordo com a decisão do nível político, as forças da Defesa Civil iniciaram há algumas horas incursões terrestres limitadas, localizadas e seletivas, baseadas em inteligência precisa", informou o Exército em comunicado divulgado pelo Telegram às 2h locais de terça-feira (20h de segunda, horário de Brasília).
As incursões, apoiadas por ataques aéreos e de artilharia, têm como alvo combatentes do grupo islamista Hezbollah "em povoados próximos à fronteira" com Israel, informou o Exército. Horas antes, os Estados Unidos haviam anunciado operações terrestres "limitadas" de Israel contra o Hezbollah no Líbano.
"Estas operações foram aprovadas e realizadas de acordo com a decisão do escalão político. A operação 'Flechas do Norte' continuará de acordo com a avaliação situacional e em paralelo ao combate em Gaza e em outras arenas. As Forças Armadas continuam operando para atingir os objetivos da guerra e estão fazendo tudo o que for necessário para defender os cidadãos de Israel e devolver os cidadãos do norte de Israel para suas casas", informou nota do Exército.
As Forças Armadas "operam segundo um plano metódico estabelecido pelo Estado-Maior geral e o comando do Norte, para o qual os soldados da Defesa Civil treinaram e se prepararam nos últimos meses", acrescentou o Exército.
Ataques de Israel ao Líbano
Mais de 700 mortes já foram registradas durante ataques no Líbano. Entre as vítimas estão crianças, mulheres e socorristas. Israel afirma que o alvo são integrantes do movimento islamista Hezbollah.
Devido ao cenário de guerra, o Líbano registrou um dos maiores êxodos desde 2006. A agência para refugiados da ONU declarou que mais de 30 mil pessoas do Líbano fugiram para a Síria nos últimos três dias.