Veja qual é a taxa de mortalidade da mpox em comparação a outras doenças virais
OMS informou que o número de infecções pela doença vem crescendo nos últimos anos
A Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a emitir um alerta devido a novos casos de mpox no mundo. Conforme anúncio do órgão na última semana, a doença é uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), com uma taxa de mortalidade que pode chegar a 10%.
Em julho de 2022, a entidade já havia decretado status de emergência em razão do surto da doença em diversos países. No Brasil, já foram notificados 709 casos confirmados ou prováveis neste ano, uma quantidade bem menor em comparação aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, conforme o Ministério da Saúde.
A doença já causou a morte de 16 pessoas no País, desde 2022, sendo a mais recente em abril de 2023.
No Ceará, os primeiros casos foram registrados em fevereiro de 2022, mas os dados de 2024 ainda serão atualizados no Integrasus, portal de dados da Sesa. Conforme o último painel da Mpox no sistema, o Estado teve 582 casos da doença até outubro de 2023, a maioria concentrados em Fortaleza (427).
Mortalidade de doenças virais
A OMS informou que surtos da doença vêm sendo reportados na República Democrática do Congo há mais de uma década e o número de infecções vem crescendo nos últimos anos. Em 2024, os casos já superam o total registrado ao longo de todo o ano de 2023 e somam mais de 14 mil, além de 524 mortes.
Segundo dados da organização, a taxa de mortalidade da doença varia de 0,1% a 10%, mas que os números podem divergir devido a fatores como acesso a cuidados em saúde e imunossupressão subjacente.
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Já a variante Ômicron da Covid-19 possui um percentual de mortalidade de 0,7%, como mostra um comparativo do Instituto Kirby, unidade especializada no combate a agentes infecciosos da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney, na Austrália.
A doença do vírus Ebola, conhecida anteriormente como Febre Hemorrágica Ebola, é uma doença grave, muitas vezes fatal e com taxa de letalidade que pode chegar até os 90%, segundo o Ministério da Saúde.
Casos graves de mpox
Casos graves de mpox podem levar à internação, com cuidados intensivos e medicamentos antivirais para reduzir a gravidade das lesões e encurtar o tempo de recuperação.
Os grupos mais suscetíveis à doença são recém-nascidos, crianças e pessoas com imunodepressão pré-existente. Esses pacientes correm risco de apresentar sintomas mais graves e de morte por mpox. Profissionais de saúde também apresentam risco elevado devido à maior exposição ao vírus.
Quadros graves causados pela deonça podem incluir lesões maiores e mais disseminadas (especialmente na boca, nos olhos e em órgãos genitais), infecções bacterianas secundárias de pele ou infecções sanguíneas e pulmonares. As complicações se manifestam ainda por meio de infecção bacteriana grave causada pelas lesões de pele, encefalite, miocardite ou pneumonia, além de problemas oculares.
De acordo com a Agência Brasil, na maioria dos casos, os sintomas da doença desaparecem sozinhos em poucas semanas, mas, em algumas pessoas, o vírus pode provocar complicações médicas e até mesmo a morte.
Como evitar a transmissão
- Quando se aproximar de alguém infectado, a pessoa doente deve utilizar máscara (comum ou cirúrgica), sobretudo se tiver lesões na boca ou se estiver tossindo. Você também deve usar máscara;
- Evite o contato pele a pele sempre que possível e use luvas descartáveis se precisar ter contato direto com as lesões;
- Use máscara ao manusear vestimentas ou roupas de cama do doente, caso a pessoa infectada não possa fazê-lo sozinha;
- Lave regularmente as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel, especialmente após o contato com uma pessoa infectada;
- Roupas, lençóis, toalhas, talheres e pratos dos infectados devem ser lavados com água morna e detergente;
- Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descarte os resíduos contaminados (como curativos) de forma adequada;
- Em países onde há animais portadores do vírus mpox, evite contato desprotegido com animais selvagens, sobretudo se estiverem doentes ou mortos (incluindo contato com carne e sangue do animal);
- Alimentos com partes de animais devem ser bem cozidos antes de serem consumidos.