Após casos de E. coli, fornecedor de cebolas do McDonald's anuncia recolhimento de lotes
Investigação aponta que a cebola fatiada usada no Quarterão com Queijo estaria contaminada
Fornecedora de produtos para o McDonald's nos Estados Unidos, a empresa Taylor Farms anunciou o recolhimento de lotes da cebola produzida no estado do Colorado devido ao surto da bactéria E. coli, que estaria relacionada ao sanduíche Quarteirão da rede de fast-food
De acordo com o comunicado da Taylor Farms, ainda não foram encontradas evidências de E. coli nos ingredientes suspeitos, mas que decidiu retirar os produtos "por precaução". A empresa forneceu os produtos às lojas da rede nos estados que tiveram pessoas infectadas. A investigação aponta que a cebola fatiada usada no "Quarterão" com Queijo estaria contaminada.
A bactéria causou a morte de um idoso e uma infecção em pelo menos 49 pessoas nos Estados Unidos. Do total de infectados, 10 foram hospitalizados. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) emitiu alerta de segurança alimentar sobre os casos nesta semana.
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Conforme veiculado no jornal Folha de S. Paulo, um grande cliente da Taylor Farms, a US Foods Holding, também teria orientado um restaurante da rede a destruir as cebolas recebidas da fabricante.
"A Taylor Farms Colorado removeu do mercado cebolas produzidas em nossa instalação no Colorado. Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com a FDA e o CDC durante esta investigação em andamento", informou a empresa em nota nessa quarta-feira (23).
Em comunicado, o McDonald’s esclareceu que, por precaução, está removendo temporariamente o Quarteirão de restaurantes localizados na área afetada: Colorado, Kansas, Utah e Wyoming, além de partes de Idaho, Iowa, Missouri, Montana, Nebraska, Nevada, Novo México e Oklahoma.
Bactéria E. coli
Em casos de infecção por E. coli, a maioria dos pacientes apresenta cólicas estomacais intensas, diarreia (geralmente com sangue) e vômitos. Os sintomas, na maior parte das vezes, começam de três a quatro dias após o contato com a bactéria.
De acordo com o CDC, grande parte dos pacientes se recupera sem necessidade de tratamento hospitalar no prazo de cinco a sete dias. Algumas pessoas, entretanto, podem desenvolver sérios problemas renais, como a síndrome hemolítico-urêmica, e precisam de internação.
Estudos apontam que os surtos causados por E. coli têm como primeira causa a contaminação fecal de água ou de alimentos devido a saneamentos deficientes e más práticas de higiene pessoal.
Já os principais alimentos associados ao surgimento da bactéria são:
- Carnes mal cozidas, principalmente de origem bovina (hambúrgueres);
- Tripas de animais;
- Alface;
- Sumos de fruta não pasteurizados;
- Queijo curado;
- Leite cru.