Suspeito de participar de morte de escrivão é preso em flagrante em Caucaia
O jovem de 18 anos foi preso na mesma região em que o crime ocorreu. Michael da Costa de Queiroz não reagiu à prisão
Um jovem de 18 anos foi preso em flagrante, neste domingo (9), por ser um dos suspeitos de matar o escrivão da Polícia Civil Edson Silva Macedo, 41, que era lotado no 20º Distrito Policial, no bairro Acaracuzinho, em Fortaleza. Michael da Costa de Queiroz, 18, conhecido como “Maikin”, foi encontrado na mesma região onde ocorreu o crime e não reagiu à prisão.
Segundo a Polícia, os trabalhos iniciaram logo após o crime e continuaram ininterruptamente. O escrivão trocou tiros com suspeitos após informações de que um grupo estaria dentro de um imóvel desabitado que se encontrava para alugar e que pertencia ao profissional de segurança.
Com isso, os policiais civis localizaram e prenderam o suspeito, que foi conduzido à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Ainda segundo levantamentos policiais, o homem é um dos envolvidos que estava dentro do imóvel. “Maikin” foi autuado em flagrante por homicídio e se encontra à disposição do Poder Judiciário. A Polícia Civil continua em diligências a fim de prender os outros envolvidos que já foram identificados.
Adolescente também é suspeito de participar do crime
Um adolescente de 17 anos (identidade preservada), que já possui um histórico de atos infracionais, é outro suspeito de matar o escrivão Edson Silva Macedo.
O Diário do Nordeste apurou, com uma fonte da Polícia Civil, que o jovem é procurado pelas Forças de Segurança Pública do Ceará. Ele já é conhecido da Polícia em Caucaia e já foi identificado como suspeito por outro homicídio e por tentativa de homicídio - ocorridos na mesma região onde o agente de segurança foi assassinado.
A Polícia Civil pediu pela internação provisória do adolescente nas duas ocasiões, nos meses de setembro e novembro do ano passado, mas o representante do Ministério Público do Ceará (MPCE) na Vara da Infância e Juventude de Caucaia deu parecer contrário aos pedidos, que foram acatados pelo Poder Judiciário estadual.
Questionado sobre os pedidos de internação, o Ministério Público do Ceará informou, por meio da 10ª Promotoria de Justiça de Caucaia, informou, na segunda-feira (10), "que o processo segue em segredo de justiça, conforme determina a Lei 8.069/90, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Por essa razão, o Ministério Público não poderá pronunciar-se sobre o caso".
Já o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), ainda no domingo (9), respondeu que também não pode comentar o assunto. "Conforme o Artigo 143 da Lei nº 8.069 de 1990, é vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional", justificou.