Polícia prende suspeitos de crimes sexuais contra crianças em operação na Capital e no Interior
Foram cumpridos 75 mandados de prisão. Segundo a Polícia Civil, os mandados foram cumpridos no Ceará e na Bahia
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) prendeu, na manhã desta quinta-feira (15), 32 pessoas suspeitas de praticarem crimes sexuais contra crianças e adolescentes. De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Marcus Rattacaso, a maioria desses crimes é praticada no âmbito familiar.
“Ocorrência essa, é bom que se frise, a maioria delas é praticada no âmbito familiar, ou seja, é o abuso da relação de confiança que existe entre parentes, às vezes até pais, irmãos, tios, que vêm a praticar esses atos. Daí, a importância que a família tenha a coragem de noticiar o crime, porque a polícia precisa dessas informações, se não houver a notícia, como é um crime praticado no ambiente familiar, é muito complicado pra que a polícia tenha acesso a essa informação e aí dê início à investigação”, diz Rattacaso.
Ainda segundo Rattacaso, foram cumpridos 75 mandados de prisão em Fortaleza, Região Metropolitana e em dois municípios do interior do Estado em combate a crimes sexuais. Três eram para mulheres. Dessas, duas já foram presas e, nos dois casos, são investigadas por serem cúmplices de crimes sexuais. O restante, são homens entre 30 e 70 anos. As cidades alvo das ofensivas, além da Capital, são Icó e Umirim. Outros dois mandados foram cumpridos na Bahia. Ao todo, 140 policiais civis participaram da ação.
Ainda segundo Rattacaso, os presos são suspeitos de praticarem vários crimes sexuais tais como estupro, lascívia e pornografia infantil. "Eles praticavam os mais diversos tipos de crime sexual. Estupro, lascívia, práticas obscenas, pornografia infantil, divulgação de imagem e omissão", afirmou.
Já o delegado geral adjunto da Polícia Civil, Sérgio Pereira, crianças e adolescentes estavam entre as principais vítimas dos suspeitos. "A grande maioria (dos crimes) é contra menores de 14 anos, pessoas com alguma deficiência mental e pessoas que, por qualquer circunstância, não poderiam oferecer resistência, então é o que a gente chama de violência presumida", afirma.
A operação é coordenada pelo Departamento Técnico Operacional (DTO) e Departamento de Polícia Judiciária Especializada (DPJE), por meio da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap).
A ação conta com o apoio operacional dos Departamentos de Polícia Judiciária da Capital (DPJC), da Região Metropolitana (DPJM), do Interior Norte (DPJI Norte), do Interior Sul (DPJI Sul), dos Departamentos de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV), de Recuperação de Ativos (DRA), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).