Polícia desarticula esquema de facção que movimentou mais de R$ 125 milhões

Operação policial mira em esquema de lavagem de dinheiro promovido por integrantes de grupo de origem carioca atuante em Fortaleza

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(Atualizado às 12:40)
Material apreendido durante a operação policial
Legenda: Material apreendido durante a operação policial desta terça-feira (10)
Foto: Divulgação/SSPDS

A Polícia Civil do Ceará realiza, nesta terça-feira (10), a 2ª fase da Operação Cashback, com o objetivo de desarticular esquema de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas promovido por facção criminosa carioca em Fortaleza. Foram expedidos 29 mandados de prisão e, até o começo da tarde, nove pessoas foram presas por participação no grupo criminoso. 

Entre os presos estão seis mulheres e três homens, detidos em Fortaleza, Aquiraz, Caucaia e São Gonçalo do Amarante. Além das prisões, são cumpridos 31 mandados de busca e apreensão na Capital e na Região Metropolitana.

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Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a operação foca em bloquear R$ 125.882.352,71 em 13 estados. 

De acordo com o Delegado Titular da Delegacia de Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro, Renê Mesquita, a quadrilha atuava principalmente no Grande Pirambu, em Fortaleza, e tinha uma conexão com o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. 

"A partir dessa investigação, nós identificamos quatro laranjas de um líder de organização criminosa dessa região, e somente no prazo de dois anos, essas quatro pessoas movimentaram mais de 105 milhões de reais, relacionados ao tráfico de drogas, utilizando para tanto 77 pessoas físicas e jurídicas espalhados em treze estados da federação", disse ele em coletiva de imprensa na manhã desta terça (10). 

Ainda conforme o delegado, os recursos advindos do tráfico de drogas eram utilizados para garantir o funcionamento da organização criminosa, além de promover o fornecimento de armas e munições, influenciando diretamente a prática de diversos homicídios na região. 

As investigações apontam que os criminosos usavam diversas "instituições de pagamento" para movimentar os recursos da facção. Uma delas é uma pessoa jurídica situada no Paraná.

Apreensão de drogas

Durante o cumprimento dos mandados de busca, os policiais civis apreenderam um quilo de cocaína, 25 gramas de crack e 200 gramas de droga do tipo skank, um simulacro de pistola, diversas munições, além de dois veículos e dezenas de celulares. 

A operação é coordenada pela Delegacia de Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro (DCLD) com apoio técnico do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), ambos do Departamento de Recuperação de Ativos (DRA), e apoio operacional do Departamento de Inteligência Policial (DIP) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).

 

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