Podcast 'Pauta Segura': bastidores da apuração do caso do juiz que ofendeu vítimas de crimes sexuais
O Diário do Nordeste noticiou o caso em primeira mão, com vídeos exclusivos
O podcast 'Pauta Segura' chega ao 41º episódio trazendo os bastidores das reportagens que noticiaram o caso de um juiz que ofendeu vítimas de crimes sexuais durante audiência em Juazeiro do Norte, no Ceará. A repórter Emanoela Campelo de Melo e o editor Emerson Rodrigues contam como o Diário do Nordeste recebeu as primeiras denúncias e noticiou o caso com exclusividade, na manhã dessa segunda-feira (6).
Horas após a primeira reportagem ser publicada, o presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) se pronunciou sobre as denúncias e o órgão disse que foi aberta uma sindicância "para apurar os fatos relacionados à atuação de juiz" Francisco José Mazza Siqueira.
No podcast, uma das vítimas dos crimes sexuais por parte do médico Cícero Valdibézio, já réu no Judiciário, conta que tem paralisia cerebral e, mesmo o médico tendo conhecimento da situação da paciente, "ela foi abusada dentro do consultório".
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MAIS SOBRE A AUDIÊNCIA
No último dia 26 de julho, 10 mulheres estavam no Fórum de Juazeiro do Norte, prontas para participarem da audiência da ação cível com pedido de indenização a partir dos crimes sexuais cometidos pelo médico. Em poucas horas, a sessão se "tornou um circo de horrores", como define o advogado das vítimas, sobre o que aconteceu na sessão.
Das 9h às 13h, as mulheres estiveram na presença do juiz Francisco José Mazza Siqueira. O que elas não esperavam era, naquele momento de 'vulnerabilidade', ser revitimizadas, desta vez, segundo denunciantes, pelo próprio magistrado.
Em determinado momento da sessão, uma das depoentes ouviu o magistrado dizer: "tinha aluna que chegava se esfregando em mim...esfregando a vagina em mim… aqui não tem criança, aqui é todo mundo adulto... e dizia professor não sei o que.. E eu dizia: minha filha é o seguinte: quando eu deixar de ser seu professor, você faça isso aqui comigo".
Aécio Mota, advogado das vítimas, diz que a audiência "mais pareceu um circo de horrores". A acusação acredita que o "juiz desdenhou do comportamento das mulheres" e não se espantou quando terminada a sessão, "depoentes quiseram desistir da ação".
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