Pai e madrasta são condenados a 114 anos por estuprar e espancar criança até a morte no Ceará

Laudo cadavérico indicou "claros sinais de tortura e crueldade na forma empregada pelos denunciados para assassinar a vítima"

Escrito por Redação ,
Policial penal do Ceará
Legenda: Eduarda Ferreira Luiz e Nemézio Correia Galvão Neto foram sentenciados a, respectivamente, 69 e 45 anos de reclusão pelos crimes contra a menina de três anos
Foto: Natinho Rodrigues

O pai e a madrasta de uma menina de três anos que foi estuprada e espancada até a morte foram condenados a cumprir penas de 45 e 69 anos de reclusão, respectivamente. Os crimes ocorreram em 20 de julho de 2020, em Russas, no Interior do Ceará. A sentença foi proferida nessa quarta-feira (8).

De acordo com o Ministério Público do Estado (MPCE), o Tribunal do Júri da Comarca de Russas sentenciou, a pedido do MP, Eduarda Ferreira Luiz e Nemézio Correia Galvão Neto, madrasta e pai da criança. Eles tinham a guarda da vítima. A sessão iniciou às 8h da última terça-feira (7) e finalizou à meia-noite de quarta.

Segundo a denúncia oferecida pelo promotor de Justiça Luiz Dionísio de Melo Junior, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Russas, a menina foi morta mediante espancamento praticado pelo pai e pela madrasta. No entanto, a defesa nega que o pai tenha praticado qualquer ato violento. 

Conforme o advogado do pai, Abdias de Carvalho, o homem foi condenado pelo crime de homicídio triplamente qualificado, mas o júri reconheceu que ele não teve participação no estupro e no espancamento. 

“A Justiça apontou que houve negligência como pai, pois tinha o dever de cuidar da filha. Mas foi a madrasta quem executou os crimes”, diz.

A defesa vai recorrer da decisão e pedirá que ele responda o processo separadamente da madrasta. 

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Espancada até a morte

Depois de agressões violentas, conforme o órgão estadual, os denunciados levaram a vítima a um hospital em Russas, onde foi constatado o óbito.

"O laudo cadavérico indicou claros sinais de tortura e crueldade na forma empregada pelos denunciados para assassinar a vítima, bem como apontou que a morte decorreu de politraumatismo, ou seja, o casal espancou a vítima até a morte", informou o Ministério Público.

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