Funcionário é morto a tiros e tem a cabeça decepada no IJF, em Fortaleza

Vítima trabalhava na copa do hospital. Outros funcionários foram feridos na ação

Escrito por
Renato Bezerra, Mylena Gadelha, Isabella Rifane* producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 16:15)
IJF
Legenda: Copeiro do IJF é morto na própria unidade de saúde nesta terça-feira (23)
Foto: Fabiane de Paula

Um funcionário do Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, foi morto a tiros na manhã desta terça-feira (23) dentro da unidade de saúde e teve a cabeça decepada. O suspeito do crime foi preso na tarde desta terça, no distrito de Patacas, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, horas após cometer o crime. A informação foi compartilhada pelo governador Elmano de Freitas, nas redes sociais.

Segundo relato de um acompanhante de um paciente do hospital, que teve a identidade preservada, outros funcionários do mesmo setor ficaram feridos no tiroteio, sendo encaminhados para atendimento médico no próprio hospital. 

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Conforme o SindSaúde Ceará, que está no local, o hospital foi invadido por mais de um homem, e estes teriam efetuado os disparos.

Ainda não há informações de como a entrada foi realizada, mas o sindicato ainda aponta que os responsáveis saíram do local pulando a catraca na entrada do hospital. 

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Funcionários pedem segurança

Logo após o crime, funcionários do IJF realizaram uma manifestação pedindo mais segurança nas dependências do equipamento municipal. 

"O que ocorreu hoje foi uma grande aberração. A pessoa adentrar o hospital com uma arma branca e de fogo. Nós que somos do serviço social do IJF em 24 horas de portas abertas e todos os servidores, ali da emergência e todos os servidores do hospital, nós merecemos respeito senhor Sarto", disse a assistente social Fátima Maria Martins Soares. 

Protesto
Legenda: Após o crime, funcionários do IJF realizaram uma manifestação pedindo mais segurança nas dependências
Foto: Nathally Kimberly / SVM

O cenário de insegurança no hospital também foi apontado pelo presidente do SindSaúde Ceará, Quintino Neto, que afirmou já ter protocolado denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT). 

"O que se percebe é a falta de segurança. De fato não tem guarda municipal, não tem policiamento, só existe uma catraca onde as pessoas se apresentam e adentram. Basta apresentar um documento de identidade. Então, mais uma vez, não se sabe como essas pessoas externas adentraram, só se sabe a fatalidade que ocorreu, fruto da falta de segurança que nós já vimos denunciando", afirmou. 

O prefeito José Sarto se manifestou sobre o caso pelas redes sociais, atribuindo o crime "a paralisia do Governo do Estado no combate às facções". 

Em entrevista no local, no entanto, o secretário da Segurança Pública Samuel Elânio afirmou que o assassinato no foi um "crime passional" praticado por um ex-funcionário da unidade municipal. 

Já o titular da Secretaria Municipal da Segurança Cidadã, Heraldo Pacheco, ressaltou que os agentes da guarda são responsáveis pela segurança dos prédios públicos de Fortaleza. 

Além disso, disse que a Prefeitura tem investido em câmeras e na integração dessas imagens captadas. "Nós já temos uma questão da segurança reforçada, mas vamos procurar reforçar ainda mais. É porque existe toda a questão da segurança como um todo, não é somente um prédio público. É a segurança da cidade como um todo", acrescentou Heraldo.  

Suspeito foi identificado, afirma SSPDS

Em nota, a SSPDS informou que as Forças de Segurança estão em diligências para capturar o suspeito já identificado de ter cometido o homicídio.

"Conforme as primeiras informações, a vítima, do sexo masculino, que era funcionária do hospital, foi encontrada com lesões por disparo de arma de fogo e com sinais de violência. Uma outra pessoa lesionada foi socorrida. Equipes da Polícia Militar do Ceará (PMCE), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) foram acionadas e realizam os primeiros levantamentos no local", diz o comunicado. 

Ainda conforme a pasta, o caso é investigado pela 4° Delegacia do DHPP, e imagens de câmeras de segurança que flagraram a ação criminosa estão auxiliando os trabalhos policiais.  

 

*Sob supervisão de Mariana Lazari.

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