Familiares da "rainha da sucata" prestam depoimento sobre esquema que desviou milhões na Caucaia

Mais seis pessoas, entre elas parentes e o companheiro de Maria Valdirene, mais conhecida como "rainha da sucata", prestaram depoimento à polícia, segundo o delegado Alysson Keynes, do 18º Distrito Policial.

A mulher, até então contratada como auxiliar administrativo, é apontada com mentora intelectual de uma associação criminosa em uma empresa de ferro e sucata, localizada em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Além da própria suspeita, o companheiro, a mãe, a irmã, o padrasto, o motorista e outras pessoas próximas já foram ouvidas pela polícia. Ainda de acordo com o delegado, estão marcados para os próximos dias novos depoimentos para auxiliar nas investigações, que visam a identificação e futura prisão dos demais envolvidos.

Entenda esquema criminoso

Segundo a polícia, o desvio pode chegar a R$ 3 milhões. As autoridades policiais explicaram que, no esquema criminoso da sucata, eram pesados areia e cimento ao invés de ferro, matéria-prima comprada pela empresa.

A "rainha da sucata" também teria comandado uma adulteração de sistema de aferição de medidas. Ao invés de a sucata receber determinada quantia de dinheiro, a empresa pagava. O esquema criminoso durou três anos.

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Suspeita "ostentava" com salário de R$ 1400

Ainda de acordo com o delegado Alysson Keynes, que está à frente das investigações, a "rainha da sucata" ganhava um salário de cerca de R$ 1400 como auxiliar administrativo.

Nas redes sociais, Valdirene frequentemente fazia postagens ostentando em viagens, hotéis de luxo e casas, o que levantou a suspeita do esquema criminoso. As imagens publicadas na internet foram monitoradas pelas equipes da polícia por cerca de 2 meses e estão auxiliando nas investigações.

A prisão em flagrante de Maria Valdirene aconteceu na sede da empresa, na BR-020, no bairro Potira, em Caucaia, na manhã da última segunda-feira (14). Ela foi levada ao 18º DP e autuada por furto qualificado, crime que tem pena de 2 a 8 anos de reclusão.