#ExposedSobral: jovens denunciam crimes sexuais no Município pelo Twitter
Campanha ganhou repercussão no dia seguinte à hashtag #ExposedFortal também viralizar. Entretanto, nenhum B.O. foi registrado ainda pelas vítimas
No dia seguinte à popularização da hashtag #ExposedFortal, jovens de Sobral realizaram denúncias de crimes sexuais no Twitter, o que fez a hashtag #ExposedSobral ser uma das mais comentadas na rede social, nesta quarta-feira (24).
O secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, também utilizou o Twitter para afirmar que a Polícia Civil irá apurar as denúncias de crimes sexuais ocorridos em Sobral e reforçar a importância das vítimas registrarem o Boletim de Ocorrência (B.O.). "São crimes inaceitáveis e que marcam para sempre a vida dessas garotas", destacou.
Em nota, a SSPDS informou que as denúncias são investigadas pela Delegacia de Defesa da Mulher de Sobral, mas, até o momento, nenhum B.O. foi registrado pelas vítimas. "Por isso, a Polícia Civil orienta que os casos sejam noticiados pelas vítimas, seja por meio da Deletron (Delegacia Eletrônica) ou presencialmente na unidade especializada do município. As informações serão fundamentais para dar continuidade aos trabalhos investigativos", completou a Pasta.
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Uma jovem relatou que sofreu tentativa de estupro de três homens. Um deles teria tocado os seios dela, enquanto a mesma fazia uma avaliação. O acusado ainda tentou assediá-la em outras oportunidades.
Já outra garota divulgou um print de mensagens que recebia de um rapaz, na rede social Instagram. O assédio ocorreu pelo menos duas vezes, e a vítima não emitiu qualquer resposta.
Polícia também não recebeu B.O.s em Fortaleza
A campanha #exposedfortal ganhou força no Twitter, na última terça-feira (23), para denunciar um grupo de jovens do sexo masculino que compartilha fotos íntimas (famosos 'nudes') de jovens do sexo feminino, inclusive menores de idade.
Entretanto, a SSPDS informou, nesta quarta (24), que nenhum B.O. foi registrado na Polícia Civil sobre o caso, até o momento. A Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca) realizou algumas oitivas de pessoas envolvidas e segue com as apurações em andamento, segundo a Pasta.
A SSPDS detalhou que as informações que chegaram ao conhecimento da Dceca vão de crimes de ação penal pública incondicionada, que tratam de pessoas que tiveram fotos íntimas expostas sem o seu consentimento, até crimes passíveis de representação por parte da vítima, como é o caso de ameaças.
"É importante deixar claro que nesse momento, independente de registro do BO, a Dceca apura a conduta de um grupo, que teria divulgado material pornográfico sem autorização das vítimas. As demais denúncias, que incluem ameaça, difamação e calúnia, a PCCE só conseguirá dar continuidade aos trabalhos policiais se houver o registro do fato por meio da Delegacia Eletrônica (Deletron) ou presencialmente em uma delegacia da Polícia Civil", explicou a Secretaria.