Ex-policial militar é preso por roubos contra PM e outras pessoas ocorridos em Fortaleza há 9 anos

O ex-PM foi condenado pelos crimes a 9 anos e 2 meses de reclusão, na Primeira Instância da Justiça Estadual, em 2019

Escrito por Messias Borges , messias.borges@svm.com.br
A prisão do ex-policial militar foi mais uma ação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará, coordenada pela Polícia Federal
Legenda: A prisão do ex-policial militar foi mais uma ação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará, coordenada pela Polícia Federal
Foto: Divulgação/ PF

Um ex-policial militar voltou a ser preso, na última quarta-feira (4), por praticar uma série de roubos em Fortaleza, em 2014. Entre as vítimas estava um PM, e houve troca de tiros entre os dois agentes.

Adriano Felipe dos Santos, de 43 anos, foi capturado pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (Ficco), coordenada pela Polícia Federal (PF), no Centro de Fortaleza, em cumprimento a um mandado de prisão definitiva, por sentença condenatória. Policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) participaram da prisão.

O mandado de prisão foi expedido no último dia 27 de setembro, pela 10ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza, que já tinha condenado o réu a 9 anos e 2 meses de reclusão, pelos crimes de roubo, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, em setembro de 2019.

Na época, a Justiça Estadual concedeu ao acusado o direito de recorrer em liberdade. Adriano dos Santos recorreu ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), que diminuiu a pena para 6 anos e 2 meses de reclusão, em julho de 2020.

Série de assaltos em Fortaleza

Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), o então soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Adriano Felipe dos Santos foi preso em flagrante no dia 13 de janeiro de 2014, depois de realizar uma série de assaltos em Fortaleza, principalmente na região do Grande Bom Jardim, na posse de um carro.

Uma das vítimas dos assaltos foi um sargento da Polícia Militar. O acusado atirou contra o colega de farda, enquanto este saía da sua residência, na Avenida Ministro Albuquerque Lima. Houve troca de tiros, e o sargento deixou a sua arma de fogo cair. Neste momento, o soldado se apropriou da arma e fugiu.

Após assaltar seu colega policial militar, o denunciado foi identificado em razão do carro que dirigia, quando os policiais que atenderam a ocorrência o prenderam no interior da casa em que mora com seus familiares."
Ministério Público do Ceará
Em denúncia

Adriano Felipe dos Santos acabou expulso da Polícia Militar do Ceará, por decisão da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), ainda naquele ano de 2014.

Força Integrada de Combate ao Crime Organizado

A prisão do ex-policial militar foi mais uma ação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará, coordenada pela Polícia Federal, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), a Polícia Militar do Ceará (PMCE), a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado do Ceará (SAP) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

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mandados de prisão já foram cumpridos pela Ficco, somente neste ano de 2023, segundo o coordenador da Força Integrada, o delegado federal Igor Conti. "A gente estuda o alvo e o local e tenta ter uma maioria de policiais, para não existir um risco de confronto", pontua.

O delegado destaca que a Ficco tem como um dos principais objetivos diminuir o número de mandados de prisão abertos no Ceará: "é uma forma de atacar a impunidade". Em todo o Estado, ainda existem 4.150 mandados de prisão em aberto.

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