Dupla é presa por homicídio; 3º suspeito do crime é um policial militar que permanece foragido
O crime aconteceu em outubro do ano passado, em Porteiras, Interior do Ceará. A investigação apontou que o sargento da PMCE foi contratado para executar a vítima
Duas pessoas foram presas nessa terça-feira (17) sob suspeita de participar de um homicídio ocorrido na Região do Cariri, em outubro do ano passado. Policiais civis da Delegacia de Brejo Santos e militares da 3ª Companhia do 2º Batalhão de Policiamento Militar capturaram Iraci Soares de Oliveira e Mardey Aparecido Bernadino Medeiros, na casa deles, localizada no Centro do Município de Porteiras, Interior do Ceará. A reportagem apurou que há um terceiro envolvido no crime. O foragido foi identificado como João Genival Martins, sargento da Polícia Militar do Ceará.
Iraci é viúva da vítima Arlindo Belo da Silva Júnior, de 30 anos. A investigação apontou que ela planejou o crime e Mardey, genro de Iraci, intermediou a contratação do policial para praticar o assassinato ocorrido em Porteiras na madrugada do dia 14 de outubro de 2019.
A reportagem entrou em contato com o tenente-coronel L Rodrigues, comandante da 3ª Cia em Brejo Santo, que participou das buscas pela dupla. Ele confirmou as prisões e falou sobre um PM foragido, mas disse não poder repassar mais informações, porque o caso tramita em segredo de Justiça.
Por nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que além das capturas, os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão e todo o material apreendido foi levado junto com os infratores para a delegacia que cobre a região. "As diligências continuam com o intuito de cumprir mais um mandado de prisão de um suspeito que se encontra foragido", disse a Pasta.
Investigação
De acordo com informações apuradas pelo Sistema Verdes Mares, a Polícia Civil concluiu que o crime foi premeditado por Iraci. A motivação seria o fato de Iraci não querer dividir um dinheiro que o casal havia recebido. Iraci e Arlindo vinham enfrentando problemas na relação e estavam prestes a se separar.
O sargento João Genival Martins estava afastado da Corporação devido a uma licença médica na data do crime. Ainda em outubro de 2019, o militar chegou a ser preso por um outro crime. João estava em um bar, com uma arma sem registro.
Ele foi conduzido até a Delegacia Regional da Polícia Civil em Brejo Santo e autuado por porte ilegal de arma de fogo. Logo em seguida, o sargento foi liberado. A arma apreendida em posse de Genival foi submetida a uma comparação balística. A perícia mostrou que a arma encontrada com o PM no dia dessa prisão foi a mesma arma utilizada no assassinato.
Arlindo Belo da Silva Júnior voltava de uma festa e caminhava no entorno do estádio de Porteiras quando foi surpreendido por um homem armado. A vítima não tinha antecedentes criminais.