'Casal cartãozeiro' é denunciado pelo MPCE por aplicar golpes em idosos

A dupla teria dito em depoimento que adquiriu os cartões para custear o aluguel, as contas da casa e as escolas dos dois filhos

Escrito por
Emanoela Campelo de Melo emanoela.campelo@svm.com.br
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Legenda: Antonio Carlos e Maria Eduarda estavam em casa, quando policiais diligenciavam no bairro Carlito Pamplona
Foto: Divulgação/SSPDS

Um casal foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por aplicar golpes em idosos. Maria Eduarda Oliveira Sales da Silva e Antônio Carlos da Silva Vasconcelos são acusados de estelionato. Segundo a denúncia, a dupla teria feito, pelo menos, cinco vítimas com o golpe do 'cartãozeiro'.

Eles foram presos em flagrante em novembro de 2022, mas formalmente acusados em denúncia ofertada pela 81ª Promotoria de Justiça de Fortaleza somente no último mês de novembro deste ano. A reportagem entrou em contato com a defesa dos denunciados, que preferiu não se manifestar.

No flagrante, o casal estava em posse de diversos cartões de crédito "obtidos de forma fraudulenta, pertencentes a diversas vítimas, dentre elas vários idosos, obtendo vantagens financeiras ilícitas, em prejuízo dos vários titulares dos cartões", de acordo com o MP.

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VANTAGEM INDEVIDA

Antonio Carlos e Maria Eduarda estavam em casa, quando policiais diligenciavam no bairro Carlito Pamplona. Os autuados estavam em posse de 126 cartões bancários emitidos em nome de outras pessoas, sendo a maioria idosos. 

A suspeita é que eles utilizavam os cartões "para a obtenção de vantagem indevida em prejuízo alheio". A dupla teria dito em depoimento que adquiriu os cartões para custear o aluguel, as contas da casa e as escolas dos dois filhos. Eles não disseram como conseguiam os cartões.

No momento do flagrante, Antônio Carlos ainda teria tentado se desvencilhar de papéis, jogando os documentos pela janela

Antônio Carlos chegou a dizer aos policiais que trabalhava nos Correios, "mas depois admitiu que havia sido demitido recentemente, bem como responderam que adquiriram os cartões e que utilizavam os mesmos com a finalidade de financiar as contas da casa, e, logo após, Maria Eduarda revelou que “tirava poucas quantidades” dos cartões das vítimas, sem, contudo, discriminar o valor por cada cartão".

Horas após a prisão, o Ministério Público pediu que o flagrante fosse convertido em prisão preventiva. No entanto, o juiz da 17ª Vara Criminal de Audiências de Custódia ponderou as condições pessoais dos autuados e restituiu a liberdade, os sujeitando ao cumprimento de medidas cautelares.

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