Acusado de torturar e matar a ex-namorada em Fortaleza é condenado a 33 anos de prisão

O júri aconteceu menos de um ano após o crime. O processo fazia parte do projeto Tempo de Justiça Mulher, iniciativa do Poder Judiciário e órgãos do sistema de Justiça estadual para agilizar julgamentos de feminicídios

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Redação seguranca@svm.com.br
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Legenda: O caso integra o programa 'Tempo de Justiça Mulher'
Foto: Reprodução/TJCE

O Tribunal do Júri decidiu condenar um homem acusado de torturar e assassinar a ex-namorada, no bairro Jacarecanga, em Fortaleza. O denunciado, identificado como Anderson Alexander Cabral Fernandes, foi sentenciado a cumprir 33 anos, 10 meses e oito dias de prisão, em regime inicialmente fechado.

A vítima, Ingrid Sousa Felício, de 24 anos, foi encontrada morta pelos familiares com sinais de tortura, embaixo da cama. De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), ela e o namorado discutiram no dia anterior ao assassinato, em 6 de maio de 2024.

Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), "o laudo pericial apontou que a mulher sofreu asfixia e, antes de morrer, teve braços, pernas e pescoço quebrados. O Ministério Público pediu a condenação do réu por homicídio praticado por motivo torpe, meio cruel (asfixia), mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de cometido contra a mulher por razões da condição do sexo feminino", disse o TJ.

O julgamento aconteceu menos de um ano após o crime

PRISÃO

Anderson foi preso quase uma semana após o crime, na Região Metropolitana de Recife. Na época, a Polícia Civil do Ceará disse ter recebido informações de que o suspeito pelo feminicídio estava em um hostel, em Pernambuco.

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Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o crime foi investigado pela 4ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O laudo cadavérico foi finalizado indicou que a causa da morte foi asfixia por constrição cervical.

Havia informação indicando que a vítima estaria grávida, mas, segundo a investigação, a gravidez foi descartada. Ainda segundo a Polícia Civil, testemunhas apontaram que vítima e suspeito tiveram um relacionamento 'conturbado'.

TEMPO DE JUSTIÇA MULHER

O TJ destacou que a sentença foi assinada na 3ª Vara do Júri de Fortaleza e que o caso integra o programa 'Tempo de Justiça Mulher', "voltado a dar uma resposta mais célere e eficiente aos casos de feminicídio, o processo foi julgado nesta quarta-feira (12/03), 310 dias após o crime".

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