Acusado de participar de Chacina da Cinquentinha é condenado a 46 anos de prisão

Réu é o primeiro condenado pelas mortes, ocorridas há mais de 7 anos. Três acusados foram assassinados, durante o processo criminal

Escrito por Messias Borges , messias.borges@svm.com.br
Legenda: As vítimas da chacina não tinham envolvimento com crimes e foram mortas porque os bandidos não acharam quem procuravam
Foto: FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES

Um acusado de participar da Chacina da Cinquentinha, em Fortaleza, em agosto de 2015, foi condenado a 46 anos e 6 meses de prisão, por decisão da Justiça Estadual, na última sexta-feira (18). Cinco pessoas foram mortas, na ação criminosa.

Hélio Maik Alves de Lima, conhecido como 'Maikera', é o primeiro condenado pela Chacina, segundo o Ministério Público do Ceará (MPCE). Três acusados pelo crime foram assassinados, durante o processo criminal. 

O quinto réu, Robson Agostinho da Silva, permaneceu foragido até 2021, quando foi capturado. Ele foi pronunciado (isto é, levado a julgamento) pela 3ª Vara do Júri de Fortaleza, mas recorreu da decisão ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

'Maikera' foi julgado por três homicídios, qualificados por motivo torpe (as vítimas residiam em área de atuação de organização criminosa rival), uso de meio que resultou em perigo comum (vários disparos em via pública, que poderiam ter atingido outras pessoas) e dificuldade de defesa das vítimas (ataque súbito com armas de alto poder de fogo). Inicialmente, ele cumprirá a pena em regime fechado e, com isso, a Justiça manteve a prisão preventiva do mesmo.

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Cinco mortos em tiroteio há 7 anos

Uma ação criminosa deixou cinco pessoas mortas, no Beco da Cinquentinha, no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza, na manhã de 30 de agosto de 2015, há mais de 7 anos. Segundo testemunhas, os criminosos chegaram ao local com armas de diversos calibres, como um fuzil, pistolas e uma escopeta.

De acordo com as investigações policiais, a quadrilha procurava um traficante rival, para um "acerto de contas", mas acabou por matar moradores da região aleatoriamente.

O mandante da ação criminosa segundo a Polícia, Carlos Alexandre Alberto da Silva, o 'Castor', foi morto na Unidade Prisional Luciano Andrade Lima (antiga CPPL I), em Itaitinga, durante o banho de sol dos detentos, em dezembro de 2015.

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