Acusado de matar 'milionário da Mega-Sena' no Ceará é condenado a 7 anos de prisão

O regime a ser cumprido é o semiaberto, segundo o Tribunal de Justiça do Ceará

Escrito por Emanoela Campelo de Melo , emanoela.campelo@svm.com.br
Caso será apreciado em júri no município de Crato
Legenda: Caso será apreciado em júri no município de Crato
Foto: Divulgação/MPCE

O júri popular decidiu condenar José Ademir Soares da Silva pela morte de Miguel Ferreira de Oliveira, no caso que ficou conhecido como “a execução do ganhador da Mega-Sena”. José Ademir deve cumprir sentença de 7 anos de prisão, em regime semiaberto.

Às 9h desta segunda-feira (2), o acusado sentou no banco dos réus, no plenário do Júri na cidade do Crato, região do Cariri, Interior do Ceará. O júri terminou por volta das 18h30.

Conforme o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), foram ouvidas duas testemunhas de defesa. Os debates começaram às 14h, com a fala do Ministério Público do Ceará (MPCE).

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Miguel Ferreira teria ganho R$ 39 milhões em sorteio da Mega-Sena, em 2011. 

A vítima teria se mudado para o Ceará após ganhar o prêmio e passado a investir no ramo de aluguel de imóveis. Conhecido na região como "milionário da Mega-Sena", Miguel Ferreira tinha passagens pela polícia por embriaguez ao volante e desacato.

SOBRE O CASO

O crime ocorreu no dia 4 de fevereiro de 2018, no Centro de Campos Sales, durante uma festa em uma pizzaria. A vítima foi atingida com três disparos de arma de fogo e morreu no local.

Consta nos autos que Miguel Ferreira vinha sofrendo ameaças de morte por parte do homem acusado de ser o autor intelectual do crime, Francisco Costa Torres Júnior.

Na véspera do crime, vítima e mandante brigaram em uma festa. O MP do Ceará ofereceu denúncia sobre o caso no dia 4 de abril de 2022. 

À época, a execução teve repercussão na imprensa local e nacional, deixando a população de Campos Sales apreensiva devido à periculosidade dos acusados e ao risco de manutenção da ordem pública. 

Apesar de o crime ter ocorrido em um estabelecimento comercial, quando acontecia uma festa, nenhuma testemunha ocular informou quem efetuou os disparos. Mais de 20 pessoas foram ouvidas pela autoridade policial ao longo do inquérito.

 

 

 

 

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