6 cidades do CE melhoram índices e voltam ao estado de alerta mais baixo para transmissão da Covid

O número de cidades no nível de alerta 2 (moderado) saltou de 11 para 27. Além disso, a quantidade de municípios no alerta máximo (nível 4) ficou abaixo de 100 pela primeira vez desde fevereiro deste ano

Escrito por André Costa , andre.costa@svm.com.br
Legenda: 67% das cidades cearenses estão fora da classificação máxima para o risco de transmissão do vírus
Foto: Helene Santos

Após quatro meses, o Ceará voltou a ter cidades no nível mais baixo de alerta para transmissão da Covid-19, o chamado "novo normal". Barroquinha, Camocim, Frecheirinha, General Sampaio, Palmácia e Pentecoste são os municípios que, segundo a Secretaria da Saúde (Sesa) do Estado, possuem baixo risco de transmissão da doença. A última vez que pelo menos uma cidade estava nessa classificação foi em 8 de março

Na classificação de risco moderado (nível 2), houve avanço pela terceira semana consecutiva, saltando de 11 (entre os dias 20 de junho a 3 de julho) para 27 na atual semana epidemiológica, que compreende o intervalo dos dias 4 a 17 de julho.

Para o alerta de nível 4, ou "altíssimo", também houve redução, chegando ao melhor índice desde fevereiro: 93 cidades. Na semana passada, eram 112, uma redução de 16,96%.  Já no alerta de nível 3, são 58 municípios. 

Cidades no risco 1, novo normal:

  • Barroquinha,
  • Camocim,
  • Frecheirinha,
  • General Sampaio,
  • Palmácia,
  • Pentecoste

Cidades no risco 2, moderado:

  • Acarape, Acaraú, Alcântaras, Amontada, Ararendá, Barro, Brejo Santo, Campos Sales, Chorozinho, Ererê, Eusébio, Forquilha, Icó, Irauçuba, Itarema, Jaguaribara, Massapê, Miraíma, Monsenhor Tabosa, Mucambo, Palhano, Pindoretama, Porteiras, Potengi, Santana do Acaraú, Senador Sá e Tururu. 

Cidades no risco 3, alto:

  • Acopiara, Antonina do Norte, Apuiarés, Aquiraz, Aurora, Bela Cruz, Canindé, Caridade, Cariré, Cariús, Cascavel, Caucaia, Croatá, Cruz, Farias Brito, Fortim, Graça, Granja, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, Icapuí, Iguatu, Independência, Ipaporanga, Ipaumirim, Iracema, Itapipoca, Itatira, Jaguaretama, Jardim, Jijoca de Jericoacoara, Jucás, Marco, Meruoca, Milagres, Milhã, Morada Nova, Moraújo, Novo Oriente, Pacatuba, Pacoti, Paraipaba, Paramoti, Penaforte, Pires Ferreira, Quixadá, Quixelô, Reriutaba, Salitre, Santa Quitéria, São Luís do Curu, Solonópole, Tarrafas, Tauá, Tejuçuoca, Tianguá, Varjota, Várzea Alegre. 

Cidades no risco 4, altíssimo:

  • Abaiara, Aiuaba, Altaneira, Alto Santo, Aracati, Aracoiaba, Araripe, Aratuba, Arneiroz, Assaré, Baixio, Banabuiú, Barbalha, Barreira, Baturité, Beberibe, Boa Viagem, Capistrano, Caririaçu, Carnaubal, Catarina,  Catunda, Cedro, Chaval, Choró, Coreaú, Crateús, Crato, Deputado Irapuan Pinheiro, Fortaleza, Granjeiro, Groaíras, Guaiúba, Guaramiranga, Hidrolândia, Horizonte, Ibaretama, Ibicuitinga, Ipu, Ipueiras, Itaiçaba, Itaitinga, Itapajé, Itapiúna, Jaguaribe, Jaguaruana, Jati, Juazeiro do Norte, Lavras da Mangabeira, Limoeiro do Norte, Madalena, Maracanaú, Maranguape, Martinópole, Mauriti, Missão Velha, Mombaça, Morrinhos, Mulungu, Nova Olinda, Nova Russas, Ocara, Orós, Pacajus, Pacujá, Paracuru, Parambu, Pedra Branca, Pereiro, Piquet Carneiro, Poranga, Potiretama, Quiterianópolis, Quixeramobim, Quixeré,  Redenção, Russas, Saboeiro, Santana do Cariri, São Benedito, São Gonçalo do Amarante, São João do Jaguaribe, Senador Pompeu, Sobral, Tabuleiro do Norte, Tamboril, Trairi, Ubajara, Umari, Umirim, Uruburetama, Uruoca, Viçosa do Ceara.

O risco de transmissão em cada uma das 184 cidades cearenses é segmentado em alertas que variam do nível 1 (novo normal) ao 4 (altíssimo). Para identificar os níveis em cada município, a Sesa traça e analisa métricas pautadas em 5 indicadores: 

  • incidência de casos por dia/100 mil habitantes;
  • internações;
  • percentual de leitos UTI-Covid ocupados;
  • taxa de letalidade,
  • taxa de positividade.

Este cenário de melhora apresentada em todas as regiões do Estado já era previsto no último boletim divulgado pela Secretaria da Saúde, na semana passada. À época, a maioria dos indicadores acima destacados estava com tendência de queda, a exemplo do que ocorre atualmente, com três deles com projeção decrescente.

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Indicadores em queda

Dos cinco indicadores, apenas dois (percentual de leitos UTI-Covid ocupados e taxa de positividades) apresentam tendência de crescimento. Contudo, esta projeção não significa que, efetivamente, o boletim da próxima semana epidemiológica, a ser divulgado no fim desta semana, trará piora no cenário geral. 

O percentual de leitos ocupados está atualmente em 62,2%, inferior aos 67% da semana passada e, a taxa de positividade está em 24%, semelhante ao índice anterior (26,6%). Já a incidência de casos por dia/100 mil habitantes, internações e taxa de letalidade apresentam tendência de queda. Esta última, por exemplo, atingiu o menor índice dos últimos meses, com taxa de 2,1%.

A taxa de incidência de casos por dia para cada 100 mil habitantes está em queda há dois meses. Na semana epidemiológica 19 (entre os dias 9 a 15 de maio), era de 359,3. Agora, na semana epidemiológica 27 e 28, é de 78,2, uma redução de 78%.

A manutenção destes indicadores e reversão da tendência de alta da ocupação dos leitos e positividade são fundamentais para que o cenário geral continue avançando. A explicação desta melhora nos indicadores, segundo especialistas, reside na vacinação contra a Covid-19 e as medidas restritivas adotadas pelo Estado no período em que os casos estavam em alta.

Atualmente, o Ceará já aplicou mais de 5 milhões de vacinas, sendo 3.612.349 referentes à primeira dose e 139.563 dose única. 

Regiões em destaque

O Norte do Estado é a região com maior número de cidades no nível 1 (Camocim, Barroquinha e Frecheirinha) e no nível 2, são 11 das 27.  A região á segunda com menor taxa de letalidade (1,4%), atrás apenas do Sertão Central (1,2%). Nesse quesito, o pior índice é no Litoral Leste/Jaguaribe (3,1%). 

Já a região de Fortaleza, que responde por 43 cidades, possui a menor taxa de positividade (14,3%) e o menor índice de ocupação de leitos (56,2%). A segunda região com menor taxa de positividade é o Litoral Leste/Jaguaribe (30,5%), mais que o dobro da região de Fortaleza.

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O Cariri, região que foi a última a sair das medidas de isolamento restritivo devido aos alto números de infecções e óbitos, apresentou substancial melhora na taxa de letalidade que está em 1,5% (terceira melhor do Estado). Os outros indicadores o índice ainda é superior à média estadual. 

Confira os números de cada indicador na média estadual:

  • incidência de casos por dia/100 mil habitantes: 78,2 (tendência crescente)
  • internações: 294,6 (tendência decrescente)
  • percentual de leitos UTI-Covid ocupados: 62,2% (tendência crescente)
  • taxa de letalidade: 2,1% (tendência decrescente)
  • taxa de positividade: 24% (tendência crescente)

SAIBA QUAIS SÃO AS CLASSIFICAÇÕES DE RISCO

ALTÍSSIMO OU NÍVEL 4

Taxa de ocupação dos leitos maior que 95%; taxa de letalidade maior que 3%; percentual de positividade de testes para diagnóstico de Covid-19 maior que 75%.

ALTO OU NÍVEL 3

Taxa de ocupação dos leitos entre 80,1% e 95%; taxa de letalidade entre 2% e 3%; percentual de positividade de testes para diagnóstico de Covid-19 entre 50% e 75%.

MODERADO OU NÍVEL 2

Taxa de ocupação dos leitos entre 70% e 80%; taxa de letalidade entre 1% e 2%; percentual de positividade de testes para diagnóstico de Covid-19 entre 25% e 49,9%.

NOVO NORMAL OU NÍVEL 1

Taxa de ocupação dos leitos menor que 70%; taxa de letalidade menor que 160; percentual de positividade de testes para diagnóstico de Covid-19 menor que 25%.

Números da Covid-19 no Estado

O Ceará soma atualmente 909.020 casos confirmados por Covid-19 e outros 60.559 casos estão em investigação. Já em relação aos óbitos, o vírus já fez 23.202 vítimas no Estado. Os números são do IntegraSus, e foram atualizados às 10h55 deste domingo (18).