STF prorroga inquérito contra ex-ministro Silvio Almeida por importunação sexual

O órgão argumentou que, apesar de o inquérito estar quase concluído, era necessário mais tempo para tomar o depoimento do ex-ministro

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 19:05)
Imagem de ex-ministro Silvio Almeida com terno azul
Legenda: Silvio Almeida foi demitido da pasta dos Direitos Humanos e Cidadania após as denúncias relatadas no Me Too Brasil
Foto: Thiago Gadelha

O inquérito que investiga denúncias de assédio e importunação sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi prorrogado por decisão do ministro André Mendonça, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). A ação cumpre um pedido da Polícia Federal, feito no final do último mês de janeiro.

O órgão argumentou que, apesar de o inquérito estar quase concluído, era necessário mais tempo para tomar o depoimento do ex-ministro. A investigação tramita em sigilo no Supremo. 

Segundo o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, Mendonça prorrogou a investigação por mais 60 dias, mas a expectativa é de que a PF conclua o inquérito antes desse prazo.

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'Tentaram me matar'

Silvio Almeida se manifestou nas redes sociais no último sábado (15) alegando que tentaram lhe "matar" após a revelação de denúncias de crimes sexuais contra ele.

"Nestes últimos meses, tentaram me fazer esquecer quem eu realmente sou, quem eu fui e quem eu sempre quis ser. Tentaram apagar trinta anos de trabalho sério, de dedicação e de muita renúncia", escreveu ele em publicação no Instagram.

Acusações 

A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, trouxe as acusações à tona em nota divulgada no dia 5 de setembro, incluindo o caso envolvendo Anielle Franco.

O ex-titular do MDH negou as acusações. Ele emitiu nota em que diz repudiar com "absoluta veemência as mentiras" imputadas a ele e considera que as denúncias são "ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro".

No dia seguinte, o então ministro foi demitido da pasta dos Direitos Humanos e Cidadania. Segundo o Governo Federal, a permanência de Almeida no cargo se tornou "insustentável" após denúncia de assédio sexual.