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Servidor Sayid Marcos Tenório deve ser demitido de cargo comissionado após posts sobre Hamas

Sayid Marcos Tenório deve ser desligado do quadro de assessores do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA), anunciou o político

Escrito por Redação ,
Sayid Marcos Tenório
Legenda: Ele é vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina e filiado ao partido PCdoB
Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) comunicou, em postagem no X (antigo Twitter) realizada nessa terça-feira (10), a demissão de Sayid Marcos Tenório do quadro de assessores dele. A decisão acontece após o funcionário fazer um comentário, em tom de deboche, sobre uma mulher israelense sequestrada pelo Hamas. A fala do profissional, feita no sábado (7), foi noticiada pela colunista Malu Gaspar, do O Globo.

Vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina e filiado ao partido PCdoB, Sayid respondeu uma publicação que reproduzia a imagem de uma cidadã de Israel, feita refém pelo grupo extremista islâmico. Na foto, ela apresentava uma mancha escura na calça, especificamente na região do quadril, que motivou a hipótese de que teria sido vítima de estupro. A tese foi refutada pelo servidor: "isso é marca de merda. [Ela] se achou nas calças", teria afirmado, conforme a jornalista.

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Em nota, Jerry manifestou reprovação e repúdio contra a fala do funcionário e informou que determinou a imediata demissão dele do quadro de assessores. "Trata-se obviamente de uma posição absolutamente individual, que não tem qualquer concordância de minha parte, ao contrário". 

"Reitero minha posição de repúdio aos ataques do grupo Hamas a Israel, como também repudio os ataques de Israel ao povo palestino, defendendo mais uma vez a celebração da tão necessária paz", completou.

Sayid ocupava um cargo na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Casa legislativa, da qual o deputado maranhense atua como presidente. Anteriormente, o servidor trabalhava no gabinete de Jerry em um cargo comissionado que, conforme O Globo, até o último dia 25, pagava um salário bruto de R$ 21 mil — um dos mais altos da Câmara.

No sábado, à Malu Gaspar, o funcionário admitiu ter adotado um tom inadequado "no calor do momento" ao responder à foto, mas reiterou que considera que o Hamas age "dentro da legalidade internacional". Após o contato da colunista, o perfil mantido por Sayid no X ficou indisponível. 

Pernambucano, o servidor não tem origens palestinas, segundo O Globo. Além de atuar pela Câmara dos Deputados, ele assina uma coluna no site 247, onde já publicou artigos com títulos como "Terrorismo de Israel contra ONGs de Direitos Humanos" e "Os laços do sionismo com o Nazismo". 

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