Quem é Yahya Sinwar, apontado como 'chefe do Hamas' em Gaza e responsável pelo ataque a Israel

Número dois na hierarquia do grupo extremista passou 23 anos preso em Israel, condenado a quatro penas de prisão perpétua

Escrito por Redação ,
Yahya Sinwar, líder do Hamas em Gaza
Legenda: Yahya Sinwar se esconde em bunkers com forte esquema de segurança e raramente é visto em público
Foto: AFP

Yahya Sinwar, considerado o número dois na hierarquia do Hamas e o mais alto funcionário do grupo na Faixa de Gaza, foi o comandante do maior ataque terrorista a Israel, iniciado no último sábado (7). Ele governa o território palestino há seis anos, eleito por meio de votações secretas. O chefe político, Ismael Haniyeh, está baseado no Catar.

De acordo com informações do portal g1, o líder do grupo extremista responsável por desencadear a ofensiva militar mais feroz contra Gaza teve a sua sentença decretada pelas Forças de Defesa de Israel.

“Yahya Sinwar, o líder do Hamas que reacendeu a guerra entre a Palestina e Israel, é um homem morto”, afirmou Daniel Hagari, porta-voz do Exército israelense.

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Entre as ações atribuídas a Yahya Sinwar estão o planejamento da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, que infiltrou centenas de terroristas armados em território israelense, responsáveis pelo assassinato de pelo menos mil pessoas, a grande maioria civis, e a tomada de 130 reféns.

Sinwar tem 61 anos, fala e escreve hebraico fluentemente, e raramente é visto em público. Ele se esconde e recebe proteção em bunkers, estrutura subterrânea de abrigos antibombas.

Prisão

O atual líder do Hamas em Gaza passou 23 anos preso em Israel, condenado a quatro penas de prisão perpétua, pela morte de dois soldados israelenses e de quatro palestinos considerados espiões de Israel. Durante o período na prisão, ele declarou que se dedicou a "estudar o inimigo".

Ele foi solto, junto a mais 1.026 prisioneiros palestinos, em troca do soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado cinco anos antes pelo Hamas.

Ofensivas a líderes do Hamas

No último sábado (7), a casa e o gabinete de Sinwar foram alvo dos primeiros ataques das forças israelenses em Gaza, mas ele não foi atingido. Outros líderes do Hamas, no entanto, não conseguiram escapar de antigas ofensivas.

No início dos anos 2000, após uma onda de assassinatos arquitetados por Israel, dois comandantes do Hamas foram executados: em 2002, o fundador do grupo, Ahmed Yassin, e em 2004, o seu sucessor, Abdel Aziz Rantissi.

Depois das execuções dos líderes extremistas, os principais alvos, como Yahya Sinwar, passaram a se esconder em bunkers com forte esquema de segurança e raramente são vistos em público.

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