Como são os bunkers em Israel? Saiba como funcionam os abrigos usados durante ataques
A estimativa do Ministério da Defesa israelense é de que existam pelo menos 1,5 milhão de bunkers no país
Desde que começou o ataque do grupo extremista Hamas a Israel, no último sábado (7), o número de cidadãos que buscam proteção em bunkers, estruturas feitas no país conforme leis que exigem a construção de estruturas antibomba. Ao menos 1,5 milhão de bunkers estão disponíveis, conforme aponta o Ministério da Defesa israelense.
A estimativa é de que ao menos 1,3 mil pessoas já tenham morrido em meio ao confronto, 800 delas em Israel, 493 na Faixa de Gaza e sete na Cisjordânia. As informações foram atualizadas na segunda-feira (9).
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Lei para abrigos
Os bunkers começaram a surgir no país por conta das políticas de proteção básica contra bombas, justamente devido aos conflitos históricos entre Israel e outras nações. Em 1951, três anos após a fundação, uma lei de defesa civil foi aprovada pelo país determinando a criação de abrigos antibombas em todas as construções, fossem públicas ou privadas.
Já em 1991, uma nova lei determinou novos padrões para os abrigos por conta da Guerra do Golfo e do uso de armas químicas pelo Iraque. Ao longo dos anos, os abrigos ganharam novas configurações motivadas pelo avanço tecnológico a cada nova guerra.
O que é um bunker?
Os bunkers, por origem, são pelo menos parcialmente subterrâneos e visam proteger os ocupantes de explosões. Com o passar dos anos, qualquer estrutura fortificada para proteção começou a ser definida dessa forma.
A lei de 1951 determinava a construção de abrigos no subsolo, com porta reforçada, suprimentos e sistema de ventilação. Ainda que todas as construções precisassem de um, a mesma lei previa que moradores próximos dividissem o local.
Entretanto, atualmente as regras foram flexibilizadas, exigindo um quarto fortificado em todos os prédios ou casas.
A metragem do abrigo é a mesma de um quarto comum, com a diferença de um a parede reforçada com 30 centímetros de concreto maciço. A proteção, inclusive, não está apenas na parede, mas no chão e no teto, reduzindo o pé direito. A porta do quarto deve ser de metal, com travas no fundo da parede, e janelas que seguem o mesmo padrão.
Em caso de ataque pelo país, caso um míssil ou foguete passe pela proteção israelense, os cidadãos devem seguir para os abrigos e, após o fim do alarme, é preciso esperar cerca de dez minutos para deixar o local protegido.