Legislativo Judiciário Executivo

Ao entregar muito poder ao centrão, presidente "está perdido e acaba sendo vítima", diz FHC

Ex-presidente da república concedeu entrevista exclusiva ao PontoPoder

Escrito por Luana Barros e Felipe Azevedo ,
FHC
Legenda: Ex-presidente concedeu entrevista exclusiva ao PontoPoder e avaliou negativamente a aproximação do líder do PP com o presidente Jair Bolsonaro
Foto: Arquivo Diário do Nordeste

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse, em entrevista exclusiva ao PontoPoder, que o presidente que governa entregando "a mão, o braço e a alma" ao chamado "centrão" está "perdido e acaba sendo vítima desse grupo".

O tucano faz uma avaliação crítica da atuação do grupo de partidos e até da forma que o governo Bolsonaro vem conduzindo a relação do centrão. "Se isso prevalecer será um desastre para o País".

Nesta terça-feira (27), o senador pelo Piauí Ciro Nogueira (PP), um dos expoentes do centrão,  aceitou o convite e comandará a Casa Civil de Jair Bolsonaro.

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Os principais pontos da entrevista serão exibidos no programa PontoPoder da TV Diário, às 20h45, desta terça-feira (27), com transmissão simultânea pelo canal do PontoPoder no youtube. A íntegra da entrevista estará disponível neste portal.  

Há pessoas nesse grupo com qualidades, mas, como conjunto, elas se caracterizam por querer o Poder e não por ter valores, ideais ou algum objetivo para o País. 
Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
Ex-Presidente da República

A existência do grupo de parlamentares que integram os partidos do centrão é mais um "sentimento generalizado", diz o ex-mandatário. Para ele, o conjunto de deputados e senadores, além de formar maioria em Brasília atualmente, também tem "a vocação de poder mandar sem prestar atenção na lei".

A aposta e análise feita por FHC é de que o termômetro da popularidade de Jair Bolsonaro nas ruas deverá ser afetado uma vez que Ciro Nogueira passará a dar as cartas dentro do Planalto. 

"Se isso prevalecer, é um desastre para o Brasil. Eu acredito que haverá reação, da parte mais saudável do Brasil, que não aceita essa história de 'maria-vai-com-as-outras'. Não acredito que aceite. Eu, pelo menos, não estou disposto", enfatiza o político. 

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