Legislativo Judiciário Executivo

O que dizem os políticos do Ceará sobre o novo aumento do preço dos combustíveis

Deputados estaduais e federais pedem providências do Governo Federal e criticam reajuste anunciado nesta sexta (17)

Escrito por Felipe Azevedo , felipe.azevedo@svm.com.br
Bomba de gasolina
Legenda: Até o momento, não se sabe qual será o impacto real nas bombas dos postos de combustíveis
Foto: Thiago Gadelha

O anúncio feito pela Petrobrás de mais um reajuste no preço de  combustíveis na manhã desta sexta-feira (17) causou reações de políticos cearenses. Deputados estaduais e federais utilizaram as redes sociais para criticar a medida.

A alta será na gasolina e no diesel vendidos às distribuidoras, com valores valendo já a partir do dia 18 de junho.

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A mudança fará com que o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras saia de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro, um aumento de 5%. Já para o diesel, o preço médio de venda passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. Um reajuste de 14%.

Presidente estadual do PDT, o deputado federal André Figueiredo criticou o aumento e destacou os lucros da empresa.

"É um escárnio, diante de uma estatal que vem amealhando taxas de lucro muito superiores àquelas do setor privado, e de uma situação de terrível crise econômica e social no país", escreveu.

A deputada federal Luizianne Lins (PT) argumentou, por sua vez, que a alta "não é culpa dos governadores, mas da política de preços dolarizada adotada pelo Governo Federal". 

Vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, o deputado federal José Guimarães escreveu que a alta ocorre "por conta da mudança da política de preços da empresa". 

Já o deputado federal Domingos Neto, do PSD, classificou o aumento de "absurdo".  

"Por isso que será pautada (na Câmara dos Deputados) a revisão da política de preços, para que a petrobras passe a ter verdadeiramente uma função social", disse ainda. 

O deputado federal Eduardo Bismarck (PDT) ressaltou que o aumento acontece pouco após o debate sobre o teto do ICMS.

O deputado estadual Renato Roseno (Psol) também chamou atenção para a política de preços da Petrobrás, e culpou o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo aumento. 

"Assim continuará sendo se Bolsonaro não mudar a política de preços da Petrobras. Como não tem coragem pra isso, nem quer, inventa culpados para tentar enganar o povo brasileiro. Mas a população sabe que a culpa é dele", disse o parlamentar em uma rede social.

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Até então, o diesel não passava por reajuste desde 10 de maio. Já a última alta no preço da gasolina havia sido em 11 de março.

Alta havia sido anunciada

O aumento dos combustíveis já havia sido discutido em reunião extraordinária do Conselho de Administração da Petrobras na quinta-feira (16). Na ocasião, os conselheiros ligados ao governo tentaram convencer a empresa a segurar a alta.

Até o momento, não se sabe qual será o impacto real nas bombas dos postos de combustíveis. Isso porque esses valores também estão ligados à incidência de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.

Novas manifestações de políticos do Estado serão acrescentadas conforme repercussão.

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