Após afastamento de Marcelo Machado, Crateús poderá ficar sete dias sem prefeito

Presidente da Câmara marcou a posse do vice-prefeito só para a próxima quinta-feira (23); oposição reage

Legenda: Nenzé (à esquerda) e Marcelo Machado (à direita) foram eleitos em 2020
Foto: Reprodução redes sociais

Vereadores do Município de Crateús estrão travando um embate na Câmara sobre a data de posse do vice-prefeito Nenzé Bezerra (PSB), após a justiça determinar o afastamento de Marcelo Machado (PDT) do cargo por 180 dias. A questão, sobre a vacância do cargo, pode, novamente, ir parar na Justiça. 

O presidente da Câmara, Deusimar da Ponte, aliado do prefeito afastado, convocou o vice-prefeito para tomar posse na próxima quinta-feira (23). Os três vereadores de oposição - de um total de 15 membros – reagiram sobre o longo prazo para a posse do novo gestor, determinada judicialmente. 

A argumentação dos vereadores é que o município passará praticamente uma semana sem prefeito por conta da demora no ato determinado pelo presidente da Câmara Municipal.

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Diante do imbróglio, os vereadores Adão Kenes, Tales Bonfim Sales e Zagalo Melo resolveram oficiar o Ministério Público, responsável pela operação que culminou no afastamento do prefeito, para solicitar providências em relação ao assunto. 

De acordo com o documento, o presidente da Câmara estaria “criando obstáculos para dar posse” ao vice-prefeito. “A administração pública e os serviços públicos não podem sofrer solução de continuidade”, segue a nota. 

Ao fim, pedem que o MP adote medidas para a posse imediata do vice-prefeito. 

Comunicação formal 

Na manhã desta sexta-feira (17), o vice-prefeito Nenzé recebeu ofício da Câmara Municipal confirmando o ato de posse apenas para a próximas quinta-feira (23). 

Outras medidas judiciais estão sendo estudadas para antecipar a posse do vice. 

Embate eleitoral 

O município de Crateús será um dos diversos no Ceará a vivenciar, neste ano, um forte embate político entre o grupo político liderado pelo ministro Camilo Santana e o governador Elmano de Freitas, ambos do PT, e o PDT sob liderança do ex-ministro Ciro Gomes e o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.