'Não falsifica, por favor', pediu filha de investigado por fraude em cartão de vacinação
Conversa foi divulgada após ministro Alexandre de Moraes retirar sigilo do relatório da PF
O diálogo entre o ex-secretário de governo de Duque de Caxias, João Carlos Brecha, e a filha por aplicativo de mensagens é um dos indícios apresentados em relatório da Polícia Federal sobre a investigação de fraude em cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados.
Na conversa, a filha de João Carlos pede para que o pai não falsifique os dados dela de vacinação para a Covid-19. "Eu vou tomar a vacina do Covid segunda. Não falsifica, por favor", diz a mensagem. Na resposta, João diz que vai atender ao pedido e acrescenta: "Você é muito corajosa".
As informações são do g1.
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Segundo a Polícia Federal, João Carlos era o responsável por incluir os dados falsos nos cartões de vacinação. Ele é um dos indiciados no inquérito por fraude. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o ex-presidente e outras 14 pessoas também foram indiciadas.
O relatório da investigação será encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresenta ou não denúncia contra os envolvidos.
A conversa entre João Carlos Brecha e a filha foi divulgada após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes retirar o sigilo do inquérito policial nesta terça-feira (19).
Ao g1, a defesa de Joao Carlos Brecha disse que não vai se manifestar sobre o indiciamento, porque afirma que não teve acesso ao relatório da PF.