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Justiça suspende posse de conselheira tutelar no Crato por chamar menino de 'macaco'

Vanessa Lima Santos foi eleita no pleito de 2023. Ela foi denunciada por injúria racial

Escrito por Redação ,
Fachada do Conselho Tutelar do Crato
Legenda: As eleições para o Conselho Tutelar do Crato foram no ano passado
Foto: Divulgação/Prefeitura do Crato

A Justiça determinou a suspensão imediata da posse de Vanessa Lima Santos no Conselho Tutelar do Crato, no Cariri, interior do Ceará. A candidata havia sido eleita para compor o órgão no último pleito, em 2023, mas foi denunciada pelo crime de injúria racial por ter chamado uma criança de "macaco".

Movida pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), a ação foi acatada pela 2ª Vara Cível da Comarca de Crato, que determinou a suspensão da posse da candidata em caráter de urgência, cabendo, ainda, recurso da decisão no prazo de até 15 dias após a publicação do julgamento.

De acordo com o Ministério Público, uma denúncia feita ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) mostrou a mulher chamando um garoto de "macaco" em conversa com o pai da criança em um aplicativo de mensagens instantâneas.

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O processo considerou que Vanessa "não apresentou requisito necessário para a candidatura ao cargo de conselheira tutelar, que é a idoneidade moral". "Para comprovar a denúncia, foi analisada a íntegra das conversas pelo aplicativo de mensagens extraída do aparelho celular da candidata, onde foram constatadas as mensagens de injúria racial denunciadas pela mãe da criança", detalhou o MPCE.

A defesa de Vanessa Lima Santos não foi encontrada para comentar sobre a decisão, mas o espaço está aberto para atualização;

Injúria racial

A Lei 14.532/2023 equiparou a injúria racial ao crime de racismo. Isso significa que, para quem comete esse tipo de crime, a pena é de reclusão de dois a cinco anos e multa. Além disso, não cabe mais fiança e o crime é imprescritível.

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