Legislativo Judiciário Executivo

Futuro ministro da Defesa, Múcio fala em 'despolitizar' Forças Armadas

O próximo mandatário da Defesa diz que sonha em "pacificar" a caserna

Escrito por Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo ,
Múcio é um homem idoso de cabelos brancos e ralos. Ele usa óculos e veste um terno preto sobre uma camisa branca de botão e gravata azul listrada
Legenda: José Múcio Monteiro já foi deputado e presidente do Tribunal de Contas da União.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Anunciado nesta sexta-feira (9) como o futuro ministro da Defesa do Governo Lula, o ex-deputado e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro, disse que é preciso "despolitizar" e "despartidarizar" as Forças Armadas. Ele ainda afirmou ter o sonho de fazer a "pacificação" da caserna.

"O que eu proponho? Que nós voltemos a ser o que sempre fomos e deu certo. Os militares guardiões, uma instituição de Estado e sem participar de política", afirmou, em entrevista à Globonews.

"É uma volta ao passado? Não. É uma volta ao que sempre foi nas Forças Armadas. A despolitização, e mais, a despartidarização das Forças é uma coisa absolutamente necessária para o País", seguiu.

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Divisão política

Monteiro disse avaliar que as Forças Armadas demonstram não dar apoio a "qualquer movimento" de base golpista ou antidemocrática, mas reconheceu que há uma forte divisão política entre os militares.

"As Forças Armadas têm demonstrado que não apoiam qualquer movimento desses golpistas. Evidentemente que têm suas preferências. Se você me disser que temos três Forças, sou capaz de dizer que temos seis Forças. O Exército, a Marinha e a Aeronáutica que gostam de Bolsonaro; e o Exército, a Marinha e a Aeronáutica que gostam de Lula", disse.

Monteiro declarou também que é hora de pacificar os ânimos e evitar tocar em pontos nevrálgicos na tensa relação entre Lula e a caserna. "Meu sonho é pacificação. Estou sonhando que essas coisas se acalmem, que os próximos dias passem. Temos, todo mundo, que ceder um pouco, não adianta esse discurso de quem manda mais", declarou.

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