Carta pela democracia passa de 800 mil assinaturas; entenda o que é o manifesto
Documento foi publicado dia 26 de julho pela Faculdade de Direito da USP
A "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito", divulgada pela Universidade de São Paulo (USP) no dia 26 de julho deste ano, já registra mais de 804 mil assinaturas até esta segunda-feira (8). O documento registrou 100 mil nomes um dia depois de sua publicação.
Conforme o g1, a proposta é apresentar a carta na sede da Faculdade de Direito, no Centro de São Paulo, nesta quinta-feira (11).
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A data é alusiva ao aniversário da criação dos cursos de Direito no Brasil e coincide com o dia em que, em 1977, foi lido um manifesto no mesmo lugar para denunciar a ditadura militar.
A carta surgiu após ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral brasileiro e às urnas eletrônicas, responsáveis pela computação dos votos.
Contra 'ataques infundados e desacompanhados de provas'
"Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral", defende o texto.
A carta também destaca os "ataques infundados e desacompanhados de provas" que questionam a lisura do processo eleitoral e do estado democrático de direito. "São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem institucional", protesta.
Quem já assinou?
Assinam a lista nomes como os artistas Chico Buarque, Gal Costa e Fernanda Montenegro, os ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa e Nelson Jobim, e os escritores Luís Fernando Veríssimo, Martha Medeiros e Djamila Ribeiro.
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Os empresários Walter Schalka, presidente da Suzano, e Roberto Setúbal, ex-presidente do Banco Itaú, também assinaram.
Também endossam o conteúdo políticos, atores, cineastas, jogadores de futebol e acadêmicos. Para ver outros nomes, é possível buscar aqui e, para assinar, basta preencher dados no site da carta.