Legislativo Judiciário Executivo

Bolsonaro diz que marcará reunião com representante do WhatsApp sobre acordo ao app com TSE

Aplicativo e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acordaram que novas funcionalidades só chegarão a usuários do Brasil após eleições

Escrito por Redação ,
Legenda: Em 2018, chapa de Jair Bolsonaro foi investigada por disparo em massa de informações falsas durante a campanha
Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista à emissora CNN, que o governo deverá se reunir com representante do WhatsApp para tratar sobre o acordo entre o aplicativo e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do qual o mandatário é contra.

O trato entre o app e o TSE determina que novas funcionalidades só cheguem aos usuários do Brasil após as eleições presidenciais. Um exemplo é a função “Comunidades”, que possibilitará que disparos em massa sejam feitos a grupos de milhares de pessoas no WhatsApp.

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“Se ele (o WhatsApp) pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?”, indagou Bolsonaro, que chegou a afirmar, durante motociata com apoiadores, que o acordo não seria cumprido.

Fake news nas eleições

A chapa de Bolsonaro e Mourão, eleita para a presidência em 2018, foi investigada pela Justiça Eleitoral por suposta propagação de informações falsas em diversas redes sociais. 

A preocupação do TSE que motivou o acordo com o WhatsApp é de que o aplicativo contribua indiretamente com a desinformação na próxima disputa presidencial brasileira, em outubro de 2022. 

O WhatsApp anunciou, na última quinta-feira (14), o lançamento de um novo recurso que permitirá a união de diferentes grupos em um mesmo guarda-chuva de disparo de mensagens. Hoje, cada grupo tem limite de 256 pessoas.

“Isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil, isso é inadmissível, inaceitável, e não vai ser cumprido, este acordo que por ventura eles realmente tenham feito com o Brasil”, criticou o presidente da República.